O nº1 português e 264º do ranking mundial jogou a última volta em 72 pancadas, 1 acima do Par do percurso Albatros do Le Golf National, nos arredores de Paris, para um agregado de 286, 2 acima do Par, tendo nos dias anteriores fixado resultados de 73, 70 e 71.
Foi o seu 5º top-40 do ano, depois do 23º lugar no Abu Dhabi, 19º em Rabat, 26º em Shenzhen e 36º no Open da China. O prémio de 39.343 euros que hoje auferiu foi o seu mais elevado do ano, devido ao facto de tratar-se de um dos mais importantes, prestigiados e ricos torneios da primeira divisão europeia.
Noutros torneios, só conseguir uma volta abaixo do Par em quatro possíveis saberia a pouco, mas no desafiante percurso que irá acolher a Ryder Cup em 2018, ainda por cima, com mau tempo em alguns momentos do torneio, pode considerar-se uma prestação globalmente positiva.
Aliás, basta ver que mesmo no ano passado, em que logrou um bom 16º lugar, o seu resultado final só foi melhor em duas pancadas do que hoje, ou seja, a Par do campo.
Em primeiro lugar, a prestação é positiva por ter voltado a passar um cut na primeira divisão europeia, algo que não sucedia desde finais de abril, encerrando uma série de quatro cuts seguidos falhados. Em segundo lugar por, como o próprio referiu, ter jogado a penúltima volta ao lado do capitão europeu da Ryder Cup, o dinamarquês Thomas Bjorn.
Mas sobretudo positivo pelo espírito de luta demonstrado. A segunda volta foi um excelente exemplo, ao arrancar 7 birdies e apenas 1 bogey em 9 buracos quando tudo parecia perdido, mas mesmo hoje voltou a dar mostras da sua combatividade.
O início não foi bom, com bogey no buraco, 1, Par no 2, birdie no 3 e duplo-bogey no 4. Foi então que teve a primeira reação positiva, com birdies nos buracos 5 e 8. Viveu nova série negativa com bogeys nos buracos 12, 13 e 14, mas logo reagiu com birdies no 15 e 16, e desta feita deve ter-lhe dado gozo sair do 18 com um Par, depois de ter perdido ali 3 pancadas nos dois dias anteriores.
Ricardo Melo Gouveia iniciou a semana no 128º posto da Corrida para o Dubai e este top-40 permitiu-lhe ascender ao 113º lugar, ou seja, já perto do top-100 que no final da temporada mantém-se no European Tour.
Agora vem já aí para a semana no Open da Irlanda, onde voltará a contar com a companhia de Filipe Lima.
O português residente muito perto do Le Golf National tem pelo Open de França um carinho muito especial, mas não passou o cut e terminou a sua prestação na passada sexta-feira, no grupo dos 125º classificados, com 149 pancadas, 7 acima do Par, entregando cartões de 73 e 76.
O HNA Open de France, de 6,1 milhões de euros em prémios monetários foi ganho pelo inglês Tommy Fleetwood, um bom amigo de Ricardo Santos do tempo em que ambos militaram no Challenge Tour, em 2011.
Hoje em dia Fleetwood é um jogador de outro nível e chegou a Paris como nº2 da Corrida para o Dubai, tendo saltado hoje para a liderança desse ranking europeu graças a um bom resultado de 272 (67+68+71+66), -12, batendo por 1 única pancada o norte-americano Peter Uihlein (67+67+71+68).
Peter Uihlein, campeão do Madeira Islands Open BPI de 2013, consolou-se com o apuramento para o The Open Championship (vulgo British Open), tal como o francês Mike Lorenzo-Vera e o sueco Alexander Björk.
O prémio de Tommy Fleetwood foi, contudo, bem mais saboroso – 1.040.824,34 euros e a entrada pela primeira vez no top-20 do ranking mundial.
O inglês, que nunca tinha passado antes o cut no Open de França, já tinha ganho este ano no HSBC Abu Dhabi Championship e é agora o único jogador, a par do espanhol Sergio Garcia, a somar dois títulos do European Tour em 2017.