Um objetivo que faz com que em 2021 o Estado fique com 10,700 milhões de euros "de lucro", que usará para pagar juros da dívida e manter uma almofada financeira e não para investimento público.
"O país não é feito de números, mas de pessoas", afirmou o líder da bancada parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, questionando o objetivo de alcançar um saldo primário de 10,700 milhões de euros inscrito no Programa de Estabilidade desenhado por Mário Centeno.
Pedro Filipe Soares lembrou ao ministro das Finanças os compromissos assumidos com o BE que os bloquistas querem ver vertidos no Orçamento do Estado para 2018.
O aumento do salário mínimo nacional para os 600 euros até ao final da legislatura, o aumento dos escalões do IRS para aumentar a progressividade do imposto, a possibilidade de reformas sem penalizações aos 60 anos com mais de 40 anos de descontos e o reforço do investimento em Saúde e Educação fazem parte do caderno de encargos do BE para o próximo Orçamento.
O líder parlamentar do BE frisou o facto de Centeno ter dito hoje no Parlamento que os acordos são para cumprir. "Registamos isso e não aceitamos menos do que isso", notou o deputado.