Durante as diligências foram detidas 15 pessoas, algumas delas responsáveis das finanças, por alegadamente integrarem um esquema de venda de benefícios fiscais e de informações privilegiadas sobre terceiros. O pagamento nem sempre seria feito com dinheiro, às vezes os funcionários receberiam outros bens em troca dos dados, apurou o i.
A Operação "Tax Free", realizada na área da Grande Lisboa, contou com 200 inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, seis procuradores do Ministério Público e quatro juízes. O inquérito está ainda a ser coadjuvado pela Autoridade Tributária.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), neste processo “investigam-se factos suscetíveis de integrarem crimes de corrupção passiva e ativa, nele figurando como suspeitos técnicos de administração tributária, inspetores tributários, chefes de finanças, um diretor de serviços da Autoridade Tributária, um diretor de finanças adjunto, um membro do Centro de Estudos Fiscais e Aduaneiros, advogados, técnicos oficiais de contas e empresários”
No mesmo comunicado, a PGR confirma que “em causa estão alegadas ligações que terão sido estabelecidas entre alguns suspeitos, funcionários da Autoridade Tributária, e técnicos oficiais de contas, advogados, empresários, outros prestadores de serviços na área tributária e contribuintes que se mostrassem dispostos a pagar quantias monetárias ou outros proventos para que lhes fosse fornecida informação fiscal, bancária ou patrimonial de terceiros e consultadoria fiscal”.
Notícia atualizada às 15h14