Queda do Governo impediu alargamento de prazos de baixas médicas para utentes ADSE

Queda do Governo impediu alargamento de prazos de baixas médicas para utentes ADSE


“Equiparação entre regimes” não avançou devido ao “conhecido contexto governativo”.


Os beneficiários da ADSE que descontam para a Caixa Geral de Aposentações e têm doenças incapacitantes vão ficar excluídos das baixas médicas mais longas, pois o "contexto governativo" impediu a operacionalização dessa medida, segundo fonte oficial, citada pela agência Lusa.

O alargamento de 30 para 90 dias do período de baixa médica para doentes oncológicos, doença isquémica cardíaca ou AVC entra em vigor na sexta-feira, mas vai abranger apenas os trabalhadores integrados no regime geral da segurança social, deixando de fora os beneficiários da ADSE que descontam para a Caixa Geral de Aposentações (CGA).

Fonte do gabinete da ministra da Presidência, que divide a tutela da ADSE com as Finanças, disse que em relação à ADSE “não ocorreu qualquer alteração ao respetivo regime legal, seja em termos de periodicidade das mesmas, seja em qualquer outra vertente".

A mesma fonte sublinhou que o “conhecido contexto governativo”, ou seja a queda do Governo, impediu que se operacionalizasse “a equiparação entre regimes".

"O Governo pretendia concretizar a modificação de prazos relativos ao regime de proteção social convergente, que certamente será assegurada logo após a tomada de posse do próximo Governo, tendo inclusivamente apresentado às estruturas sindicais representativas dos trabalhadores em funções públicas uma primeira versão das alterações previstas", acrescentou.