O empresário Elon Musk, detentor da empresa X (antigo Twitter), anunciou, na segunda-feira, que a rede social pode vir a pedir “um pequeno pagamento mensal” para todos os utilizadores. Em causa está a necessidade de reduzir o número de robôs na plataforma.
Desde que Musk assumiu controlo da plataforma ainda não parou de implementar mudanças, por exemplo, introduziu uma opção paga, demitiu milhares de funcionários, removeu a moderação de conteúdo e restabeleceu contas anteriormente banidas, incluindo a do ex-Presidente dos EUA Donald Trump.
Esta não é a primeira vez que o empresário aborda o assunto dos “bots”, contas geridas por programas de computador e não humanos, já antes tinha chamado a atenção para o facto de serem comuns no X, podendo ser utilizados para espalhar artificialmente mensagens políticas ou atiçar ódio racial.
Nesta segunda-feira, numa entrevista conjunta com Musk, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, levantou a questão do antissemitismo online e como a rede social X poderia “prevenir o prevenir o uso de robôs – exércitos de robôs – para reproduzi-lo e espalhá-lo”
Foi então que Musk anunciou que a empresa estava a preparar-se para impor “um pequeno pagamento mensal pelo uso do System X”. “É a única forma que vejo para combater os vastos exércitos de robôs. Porque um robô custa uma fração de cêntimo – ou um décimo de cêntimo – mas se alguém tiver que pagar pelo menos alguns dólares, uma quantia menor, o custo efetivo dos robôs é muito alto”, disse.
A entrevista, transmitida pela rede social, teve lugar numa altura em que o também dono do grupo automobilístico Tesla Motors está envolvido numa disputa com a Liga Anti-Difamação (ADL), uma organização judaica com sede nos Estados Unidos.
Musk acusou a ADL de fazer acusações infundadas de antissemitismo que assustaram os anunciantes e prejudicaram as receitas da sua empresa, e ameaçou processá-la por milhares de milhões de dólares.