No princípio de fevereiro, os meios de comunicação internacionais anunciavam a maior exposição alguma vez realizada com obras do pintor neerlandês Vermeer, inaugurada no dia 10 desse mês, no Rijksmuseum, em Amesterdão. Na altura, o museu informava que estavam a ser batidos recordes de bilheteira, com venda antecipada de mais de 200 mil entradas. Por isso, ficou claro desde o início que a retrospectiva de Johannes Vermeer no Rijksmuseum em Amsterdã seria um sucesso estrondoso.
Com os bilhetes esgotados, já seria de esperar que muitos se aproveitassem disso para fazerem dinheiro.
Neste momento, no “mercado de revenda” no eBay, por exemplo, há ingressos para a exposição a ser vendidos por centenas e até milhares de dólares. Segundo o site DasArtes, como os ingressos permanecem indisponíveis muitas semanas após a abertura da mostra, os aumentos continuam fora de controlo.
Intitulada Vermeer, esta é a maior exposição do mestre holandês da Era de Ouro, reunindo 28 das suas 37 pinturas conhecidas através de empréstimos de várias instituições. O Rijksmuseum comercializou a mostra como uma “oportunidade única na vida” de ver tantas obras do artista num único local.
Essa estratégia de marketing funcionou. No dia 23 de março, um par de bilhetes eletrónicos para a exposição foi vendido no eBay por 2.724 dólares após 44 lances, com sete licitantes a subirem o preço do relativamente razoável lance inicial de 100 dólares.
O segundo par de ingressos mais caro foi vendido por 1.270 libras. O terceiro par foi vendido por 1.022 euros. Originalmente os ingressos para a mostra custavam cerca de 24 dolares, valor da entrada padrão do museu.
Quando interrogado se o museu estava ciente da especulação selvagem online, um porta-voz do Rijksmuseum disse: “Os ingressos para a exposição Vermeer do Rijksmuseum só podem ser adquiridos através do site do Rijksmuseum e parceiros autorizados, como Get Your Guide e Priotickets. O Rijksmuseum não endossa a revenda de ingressos e não pode garantir a validade dos ingressos adquiridos fora dos canais oficiais”.
Em comunicado de fevereiro , o museu informou que limitou o número de ingressos “para garantir que o público possa ter uma visita agradável à exposição”.
“Estamos a trabalhar no duro para garantir que mais pessoas tenham a oportunidade de ver a exposição”, lê-se no comunicado.