Um total de 22 aviões e seis navios militares chineses fizeram incursões em áreas à volta de Taiwan no domingo, informou hoje o Ministério da Defesa da ilha.
As incursões, de acordo com o comunicado citado pela agência noticiosa taiwanesa CNA, coincidiram com a chegada de uma delegação de congressistas norte-americanos que se reúnem com representantes do Governo taiwanês durante a visita.
A viagem dos legisladores acontece 12 dias após a líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, ter visitado o território, o que indignou Pequim.
Segundo o Ministério da Defesa, dez dos aviões chineses atravessaram uma linha no Estreito de Formosa que tem funcionado como uma fronteira não oficial tacitamente respeitada por Taipé e Pequim nas últimas décadas, mas atravessada nas últimas semanas pelas forças chinesas durante manobras militares.
A força aérea da ilha monitorizou a situação com patrulhas aéreas de combate e navais e ativação de sistemas de mísseis terrestres, disse o ministério.
A China respondeu à visita de Pelosi, a que chamou "farsa" e "deplorável traição", com sanções comerciais impostas à ilha e exercícios militares nas imediações de Taiwan, que Taipé descreveu como um "bloqueio".
A China reclama a soberania sobre Taiwan, uma ilha que considera uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang ali se refugiaram em 1949, após perderem a guerra civil contra os comunistas.