Já era de prever que a guerra arrasasse o crescimento económico e as previsões não são animadoras. Os economistas do Banco Central Europeu (BCE) fizeram um corte nas projeções de crescimento para a zona euro, devido à guerra. Em conferência de imprensa, Christine Lagarde, presidente do BCE, detalhou que o produto interno bruto (PIB) deverá crescer 3,7%, em vez dos 4,2% anteriormente previstos.
A guerra “terá um impacto importante na atividade económica e na inflação, pelo aumento dos preços da energia e das matérias-primas e também pela perturbação do comércio internacional e da confiança”, disse Christine Lagarde.
E também a inflação, que tem atingido máximos históricos, está prevista chegar aos 5,1%, quando em dezembro de antecipavam 3,2%.
Para os próximos anos, o BCE previu um crescimento do PIB de 2,8% em 2023 e 1,6% em 2024. No caso da taxa de inflação, a previsão é de 2,1% em 2023 e 1,9% em 2024.
E, devido às incertezas sobre a guerra, os economistas do BCE apresentaram dois cenários pessimistas para a zona euro. Assim, no pior cenário, a inflação este ano pode chegar aos 7,1%, o que seria um recorde anual. Já o crescimento pode abrandar para 2,3%.
“A invasão russa da Ucrânia irá afetar negativamente a economia da Zona Euro e aumentou significativamente a incerteza”, disse Christine Lagarde que aproveitou para deixar um recado aos governos dos vários países: “Medidas orçamentais, incluindo ao nível da União Europeia, também iriam ajudar a proteger a economia”, alertou.