As autoridades canadianas deram esta quarta-feira por terminadas as operações de busca e salvamento dos 12 desaparecidos do barco pesqueiro espanhol vila de Pitanxo, que se afundou na manhã de terça-feira nas águas do Grande Banco da Terra Nova.
Um alto funcionário canadiano disse à agência espanhola EFE que o Centro de Coordenação e Resgate de Halifax, no Canadá, anunciou às 16h00, hora local (20h00, hora de Lisboa) que a operação de busca pelos 12 desaparecidos foi dada por concluída.
Informação corrigida hoje dá conta de que o total de mortos confirmados no naufrágio é de nove tripulantes e não 10, como inicialmente referido, e que continuam por localizar 12 tripulantes, tendo sido resgatados três com vida: o mestre da embarcação Juan Padín e o seu sobrinho Eduardo Rial Padín, e o pescador ganês Samuel Kwesi, residente em Marín (Pontevedra, Galiza), e cuja mulher e filhos vivem em África, indica a agência Europa Press.
Ainda segundo a Europa Press, o ministro espanhol da Agricultura, Pesca e Alimentação, Luis Planas, visita na quinta-feira as localidades de Vigo e Marín para expressar o apoio e solidariedade do Governo aos familiares e companheiros das vítimas do naufrágio do pesqueiro que ocorreu nos Grandes Bancos da Terranova, Canadá.
O barco de pesca “Villa de Pitanxo”, com sede em Marín (Pontevedra) e propriedade do armador galego Manuel Nores, afundou-se na terça-feira por volta das 6h00 horas de Espanha (menos uma hora em Lisboa) conforme registado pela baliza de sinalização do navio, que contava com uma tripulação de 24 pessoas.
Das 24 pessoas que trabalhavam no barco no momento do naufrágio, 16 têm nacionalidade espanhola, cinco são peruanas e três ganesas, segundo dados oficiais.
O navio pesqueiro português Novo Virgem da Barca e o navio espanhol Playa Menduiña Dos, que pescavam na zona, estiveram a trabalhar desde o início nas operações de busca, dificultadas pelo mau estado do mar, com ondas de quatro metros de altura e visibilidade de apenas cerca de 500 metros.
Este naufrágio, o mais trágico registado nas últimas décadas na frota pesqueira espanhola, causou consternação em toda a Galiza, onde foram decretados três dias de luto oficial.
O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, manifestou as suas condolências através da rede social Twitter, enquanto Felipe VI conversou com o presidente da Junta da Galiza, Alberto Núñez Feijóo.