Portugal. Bruxelas está mais otimista e vê economia crescer 5,5% este ano

Portugal. Bruxelas está mais otimista e vê economia crescer 5,5% este ano


Já para 2021, a previsão de crescimento é de 4,9%, também revista em alta.


A Comissão Europeia está mais otimista no crescimento da economia portuguesa e estima que Portugal vai registar uma taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB) de 4,9% em 2021, acima das anteriores projeções. Para este ano, a perspetiva de crescimento é de 5,5% e em 2023 a economia deverá crescer 2,6%.

No que diz respeito aos preços, a Comissão Europeia estima que a taxa de inflação de Portugal vai situar-se nos 2,3% este ano e nos 1,3% no próximo ano.

Para Bruxelas o ressurgimento das infeções por Covid-19 no início do ano e a quebra no mercado internacional de viagens, devem desacelerar o crescimento económico em Portugal para 0,5% no primeiro trimestre.

No entanto, “assumindo uma melhoria nas condições da pandemia, o crescimento deverá acelerar no segundo trimestre quando a economia atingir o nível pré-pandemia”.

Assim, no acumulado do ano, “a procura interna deve contribuir substancialmente para o crescimento em ambos os anos ajudados pela implementação do Plano de Recuperação e Resiliência”.

As previsões de Bruxelas colocam assim Portugal no top 3 dos com maior perspetiva de crescimento a par da Irlanda (ambos com 5,5%). Os dois países são apenas ultrapassados por Malta (6%) e Espanha (5,6%).

Numa reação a estes valores, o ministro das Finanças português não tem dúvidas que “reforçam perspetivas positivas para recuperação da economia”.

João Leão diz ainda que “apesar da pandemia ainda não estar completamente ultrapassada, a Comissão revê em alta o crescimento do país para este ano, em linha com as últimas estimativas oficiais do Governo, reforçando a credibilidade que Portugal alcançou junto das instituições internacionais”.

O governante acrescenta ainda que “esta revisão ocorre num contexto de desemprego em mínimos dos últimos 19 anos (5,9% em dezembro de 2021) e com o emprego 1,5% acima do nível pré-pandemia”.