Um tribunal chinês sentenciou hoje à pena de morte um homem que matou sete pessoas, num ataque com faca ocorrido numa rua comercial na cidade de Anqing, na província de Anhui, leste da China.
Segundo a imprensa local, o tribunal determinou que o crime foi "extremamente grave" e que o réu, Wu Liang, optou por "descarregar a sua raiva e desejo de vingança" em pessoas inocentes, por "não estar satisfeito com a sua situação familiar e social".
Além dos sete mortos, o condenado esfaqueou outras treze pessoas que sobreviveram ao ataque.
Wu, de 25 anos, aceitou a sentença e declarou que não vai apelar, embora o tribunal tenha decidido que a sua confissão "não foi suficiente" para proferir uma "sentença branda".
Alguns meios de comunicação locais descreveram Wu como um jovem tímido que, após o divórcio dos pais quando era criança, abandonou a escola e começou a ter problemas mentais, tendo sido internado num hospital em 2013.
Em 2016, foi condenado a um ano e dois meses de prisão por crime de lesão corporal intencional noutra cidade da China.
Os autores de ataques semelhantes, ocorridos no passado, têm sido descritos como pessoas com distúrbios mentais ou como revoltadas contra a sociedade.
A lei chinesa restringe a venda e a posse de armas de fogo, motivo pelo qual é comum existirem ataques com recurso a facas, explosivos caseiros ou atropelamentos intencionais.
Em maio passado, um condutor guiou propositadamente contra uma multidão, no nordeste do país, causando cinco mortos e oito feridos.
As autoridades chinesas não fornecem dados oficiais sobre o número de condenados à morte, mas, no seu relatório de 2020 sobre a pena capital, a organização de Direitos Humanos Amnistia Internacional disse acreditar que "milhares de pessoas são executadas todos os anos na China".