Execução suspensa de prisioneiro programada de novo para hoje no Alabama

Execução suspensa de prisioneiro programada de novo para hoje no Alabama


A execução de Willie Smith, 52 anos, ocorrerá numa prisão no sudoeste do Alabama, a não ser que o Supremo Tribunal decida, de novo, no último momento, cancelá-la, tal como sucedeu em fevereiro, quando o condenado foi salvo por aquele tribunal superior ter considerado ilegal a ausência de um capelão na câmara de morte.


As autoridades do Alabama, EUA, devem executar hoje um afro-americano condenado pelo assassínio de uma mulher branca há 30 anos, depois de a sua pena de morte ter sido suspensa, no último minuto, em fevereiro passado.

A execução de Willie Smith, 52 anos, ocorrerá numa prisão no sudoeste do Alabama, a não ser que o Supremo Tribunal decida, de novo, no último momento, cancelá-la, tal como sucedeu em fevereiro, quando o condenado foi salvo por aquele tribunal superior ter considerado ilegal a ausência de um capelão na câmara de morte.

Nessa altura, Willie Smith pediu para o seu pastor estar ao seu lado, durante a execução, para facilitar o que chamou de "transição entre o mundo dos vivos e o dos mortos".

Desde então, as autoridades penitenciárias divulgaram que permitirão a presença do pastor, mas os advogados de Smith interpuseram outros recursos, incluindo um que alega que o seu cliente sofre de uma deficiência intelectual que o impediu de entender que pode escolher como será executado – por injeção letal ou inalação de nitrogénio.

Em 1991, Willie Smith sequestrou uma mulher de 22 anos, junto de uma caixa multibanco, ameaçando-a com uma arma e obrigando-a a dar-lhe o código do cartão do banco, tendo feito um levantamento de cem dólares (cerca de 85 euros), sob o olhar atento de uma câmara de vigilância.

Smith dirigiu-se de seguida até um cemitério e executou a sua vítima, que era irmã de um polícia, com uma bala na cabeça, colocando o seu corpo de volta no carro da jovem, que viria a incendiar.

Um ano depois, Smith foi condenado à morte em tribunal (por decisão maioritária de 10 dos 12 jurados), sendo o Alabama um dos poucos estados norte-americanos que permitem veredictos de júris não unânimes.