Partido conservador alemão anuncia renovação após derrota eleitoral

Partido conservador alemão anuncia renovação após derrota eleitoral


O presidente do CDU e líder do campo conservador nas eleições, Armin Laschet, já tinha anunciado no dia 07 de outubro que estava disponível para se retirar de funções num futuro congresso.


O partido democrata-cristão alemão (CDU), que foi liderado por Angela Merkel e recentemente derrotado nas eleições legislativas, anunciou hoje que vai renovar completamente a sua liderança no início de 2022.

Os conservadores alemães – que caíram nas eleições de 26 de setembro para menos de 30% pela primeira vez desde 1949 – não podem "regressar aos assuntos atuais" sem tirar conclusões, disse o secretário-geral do partido, Paul Ziemiak, durante uma conferência de imprensa.

O presidente do CDU e líder do campo conservador nas eleições, Armin Laschet, já tinha anunciado no dia 07 de outubro que estava disponível para se retirar de funções num futuro congresso.

O partido de Angela Merkel – ultrapassado pelos social-democratas nas eleições e que deve passar a fazer parte da oposição depois de 16 anos no poder – pretende avançar em várias etapas.

Uma primeira reunião de executivos locais do partido deve ser marcada para final deste mês, para uma possível democratização do processo de tomada de decisão e eleição da equipa de gestão do partido.

"Sabemos que no futuro haverá necessidade de maior participação dos militantes", admitiu Ziemiak, prometendo um novo processo de tomada de decisão para 02 de novembro.

Na realidade, muitas vozes se têm feito ouvir desde a derrota para exigir uma participação mais assertiva dos membros do partido, depois de a escolha de Laschet como candidato ter sido decidida sem consulta e por um grupo restrito de dirigentes do CDU.

O partido deve agora reunir em congresso para eleger uma nova equipa de liderança.

"Vamos eleger toda a comissão executiva. Precisamos dessa legitimação", defendeu Ziemiak.

A data do congresso não foi divulgada, mas os 'media' alemães apontam para a primeira quinzena de dezembro ou início de janeiro.

Para suceder a Laschet, começam a circular os nomes do liberal Friedrich Merz, um arquirrival de Angela Merkel; do ambicioso ministro da Saúde, Jens Spahn, ou mesmo de jovens líderes regionais como Tobias Hans e Daniel Gunther.