Organização
A japonesa Marie Kondo, que se tornou famosa por ensinar a arrumar gavetas e a desfazer-se da roupa que não usa abraçando peça a peça para guardar apenas o que o faz feliz, está de volta com um livro sobre o seu método de organização “KonMari”. Algumas dicas são senso comum, mas há princípios que se for um acumulador podem dar jeito. Diz Kondo neste último livro: “No que à papelada diz respeito, a regra básica é deitar tudo fora. Os clientes ficam chocados sempre que lhes digo isto”. A sugestão é dividir os papéis em três categorias: pendentes de resolução, guardados por necessidade e guardados por vontade própria.
A hora de deitar e de acordar
Os estudos sobre madrugadores e noctívagos tendem a mostrar melhores índices de bem-estar para os primeiros, embora com a ressalva de que cada um tem o seu ritmo e mudar pode ser contraproducente. Ainda assim, um trabalho publicado em maio na revista médica JAMA Psychiatry concluiu que se um noctívago for uma hora para a cama mais cedo, dormindo o mesmo, mas acordando uma hora mais cedo, há uma redução de 23% no risco de depressão.
Sócio da biblioteca
Estão lá à nossa espera, carregadas de livros e disponíveis até para adquirir os que procuramos, em troca de leitores cuidadosos e disciplinados que não falhem prazos de entrega. É sócio da biblioteca mais perto da sua casa? Em Portugal há cerca de 200 bibliotecas públicas municipais, muitas com uma oferta cultural variada e clubes de leitura ativos – nos últimos tempos alguns em formato online, outros têm encontros semanais.
Voluntários precisam-se
Pode encontrar projetos que procuram voluntários na junta de freguesia local ou recorrer a plataformas como a Bolsa do Voluntariado, coordenada pela EntreAjuda. Na capital, o Banco de Voluntariado da Cidade de Lisboa divulga também necessidades de voluntários em instituições locais.
Teletrabalho?
O trabalho remoto levou um empurrão com a pandemia e muitas empresas continuam em teletrabalho: segundo o INE, no segundo trimestre de 2021 havia 717 mil portugueses a trabalhar oficialmente à distância. Fazer pausas para andar, programar refeições e sair de casa são algumas regras a ter presente. Um espaço de co-work pode ser uma boa opção. No site coworker.com pode pesquisar por mais de 200 locais de coworking a funcionar em Portugal.
Hortas e jardins interiores
Depois das hortas nas varandas (vai a tempo de começar), os jardins interiores são a nova tendência decorativa. Não faltam tutoriais na internet e há um livro recente, O Seu Jardim Interior, da arquiteta paisagista Ana Manuel Mestre, que dá dicas para escolher as melhores plantas e garantir a manutenção. O assunto é sério: os estudos sobre centenários têm apontado benefícios na jardinagem e na cidade fica difícil (se bem que alguns canteiros podem levar uma mãozinha). Uma investigação de 2006, na Austrália, associou a atividade física, incluindo a jardinagem diária, a um menor risco de demência.
Parar de deitar a comida fora
A Assembleia da República aprovou em junho a realização de um inquérito nacional sobre o desperdício alimentar, que vai dar uma ideia realista dos alimentos que não são aproveitados no país. As estimativas são de um milhão de toneladas de alimentos no lixo todos os anos, o equivalente a 17% da produção nacional. Em casa, a melhor forma de evitar deitar comida fora é planear refeições. Pode recorrer aos velhos post-its ou usar uma das muitas apps disponíveis, como a Empty My Fridge. Há ainda plataformas com a Too Good to Go, que ajudam a reduzir o desperdício de supermercados, mercearias e restaurantes facilitando a compra de sobras.
Aprender não tem idade
O regresso às “aulas” não tem de ser só para os mais novos e se calhar há qualquer coisa que gostava de aprender. Nunca foi tão fácil. Plataformas como a Coursera ou a Domestika disponibilizam formações em diferentes áreas, de costura a programação, de física quântica a carpintaria. Reabrem também por esta altura universidades seniores em todo o país e há ainda a Universidade Sénior Virtual. A inscrição é gratuita para todos os maiores de 50 anos.
Caminhadas
Plataformas como a caminhando.pt ou a GreenTrekker.pt promovem atividades praticamente as semanas, de passeios noturnos para ver pirilampos a voltas temáticas. Caminhar só por caminhar vale por si: os estudos sobre os benefícios multiplicam-se, quase todos no mesmo sentido: faz bem ao corpo e à mente. Quanto andar por dia? Há várias teorias e depende do objetivo. Uma hora de caminhada rápida pode gastar 200/300 calorias, já ajuda a compensar um hambúrguer ao almoço.
Duche curto
O banho matinal assegura uma transição suave entre sono e a vigília. Há até quem entre na banheira ainda de olhos fechados, como se fosse um prolongamento da cama. Mas experimente o duche curto. Basicamente, não precisa de lavar o cabelo todos os dias nem tem de gastar litros de gel de banho para ficar limpo. Basta uma ensaboadela rápida por alguns pontos-chave. Parece pouco, mas permite poupar muito tempo e muita água (um chuveiro gasta entre seis e 25 litros por minuto). E, claro, uma ou duas vezes por semana pode sempre desforrar-se com um banho mais prolongado.