O último fecha a porta


Assistimos à mesma receita de sempre: mais Estado, com uma recuperação económica lentíssima, na cauda da cauda da Europa, com os países de Leste sucessivamente a ultrapassarem-nos…


O fim das moratórias, por mais opiniões que possam existir, vão criar ansiedade, nervosismo e preocupação não apenas nas famílias e nas empresas, mas também na economia do país. 

Com os primeiros prazos a chegar ao fim, o mês de setembro será o mês da verdade, porque quem tiver condições financeiras começará a pagar e quem não tiver terá que renegociar com a banca e, caso não o consiga fazer, o início de 2022 poderá ditar a muitas famílias a perda da sua habitação.

Daí que a crise económica rapidamente se pode tornar num problema social severo. O perigo de não pagamento das empresas, e consequentes falências e desemprego, podem colocar a retoma económica em causa, sobretudo se pensarmos que as perdas bancárias correspondentes podem levar a uma redução do crédito ou mesmo a uma crise bancária.

No crédito habitação são cerca de 230 mil com empréstimo da casa, no montante total de 14 400 milhões de euros. Por mais que possam arrastar a situação negocial até ao final do ano, quem não conseguir pagar em setembro, menos condições terá em janeiro para o fazer. 

Este é um período muito difícil para as famílias que não têm o seu rendimento dependente do Estado e para as empresas, sendo os verdadeiros ventiladores deste país, viram, sistematicamente, os seus negócios a serem encerrados, assim como, assistiram os tão prometidos apoios embrulhados em burocracia a não chegarem a quem realmente necessitava. 

Mas é indescritível, a passividade de uma nação, com o descaramento de um primeiro-ministro prometendo tudo a todos, mesmo sabendo que não poderá cumprir ou simplesmente será mais uma fatura onerosa para pagar mais à frente pelas novas e futuras gerações.

Mas, esta questão, já não é apenas eleitoralista, é estrutural de Portugal. Quando existem mais de 4,5 milhões de portugueses dependentes, direta ou indiretamente, do Estado e que logo não perderam rendimentos durante o último ano, aliás até pouparam, é provável que um possível tornado financeiro não se suceda.

Mas, por isso mesmo, é que o sofrimento dessas famílias não pode ser esquecido, nem os dramas de quem depende do setor privado, que foi marginalizado e abandonado por um Estado incompetente e falido durante todo o período de pandemia. Enquanto os países europeus apoiavam as empresas na ordem dos 80%, por cá não chegava aos 20%. 

Desenganem-se os arautos do socialismo, por mais que António Costa se possa vangloriar que os portugueses foram dos que menos perderam rendimentos no contexto europeu, esse fator deve ser visto com preocupação, porque estamos perante uma pirâmide social invertida e uma economia de Estado que não cria riqueza e apenas acumula despesa, o que levará sucessivamente ao aumento de impostos, sejam eles diretos ou indiretos, com efeitos nefastos para o nosso futuro. 

Na prática, assistimos à mesma receita de sempre: mais Estado, com uma recuperação económica lentíssima, na cauda da cauda da Europa, com os países de Leste sucessivamente a ultrapassarem-nos, precisamente por não existir uma economia forte assente nas empresas. Antes pelo contrário, com um PRR direcionado para cumprir o programa socialista e não para alavancar quem verdadeiramente perdeu rendimentos e cria riqueza, correndo o risco desta minoria sem voz se ver a braços com sucessivas falências e que sem eles o país entrará numa crise soberana.

É a dura a nossa realidade, mas não é de agora, a nossa economia é um castelo de cartas. Não reformamos nada. O país não cresce, apenas vai na onda da subsídio-dependência e, por fim, por detrás de tudo isto, existe uma agenda ideológica de estadização da vida dos portugueses, porque esse será sempre o ventilador do socialismo. 
O último que feche a porta…

O último fecha a porta


Assistimos à mesma receita de sempre: mais Estado, com uma recuperação económica lentíssima, na cauda da cauda da Europa, com os países de Leste sucessivamente a ultrapassarem-nos...


O fim das moratórias, por mais opiniões que possam existir, vão criar ansiedade, nervosismo e preocupação não apenas nas famílias e nas empresas, mas também na economia do país. 

Com os primeiros prazos a chegar ao fim, o mês de setembro será o mês da verdade, porque quem tiver condições financeiras começará a pagar e quem não tiver terá que renegociar com a banca e, caso não o consiga fazer, o início de 2022 poderá ditar a muitas famílias a perda da sua habitação.

Daí que a crise económica rapidamente se pode tornar num problema social severo. O perigo de não pagamento das empresas, e consequentes falências e desemprego, podem colocar a retoma económica em causa, sobretudo se pensarmos que as perdas bancárias correspondentes podem levar a uma redução do crédito ou mesmo a uma crise bancária.

No crédito habitação são cerca de 230 mil com empréstimo da casa, no montante total de 14 400 milhões de euros. Por mais que possam arrastar a situação negocial até ao final do ano, quem não conseguir pagar em setembro, menos condições terá em janeiro para o fazer. 

Este é um período muito difícil para as famílias que não têm o seu rendimento dependente do Estado e para as empresas, sendo os verdadeiros ventiladores deste país, viram, sistematicamente, os seus negócios a serem encerrados, assim como, assistiram os tão prometidos apoios embrulhados em burocracia a não chegarem a quem realmente necessitava. 

Mas é indescritível, a passividade de uma nação, com o descaramento de um primeiro-ministro prometendo tudo a todos, mesmo sabendo que não poderá cumprir ou simplesmente será mais uma fatura onerosa para pagar mais à frente pelas novas e futuras gerações.

Mas, esta questão, já não é apenas eleitoralista, é estrutural de Portugal. Quando existem mais de 4,5 milhões de portugueses dependentes, direta ou indiretamente, do Estado e que logo não perderam rendimentos durante o último ano, aliás até pouparam, é provável que um possível tornado financeiro não se suceda.

Mas, por isso mesmo, é que o sofrimento dessas famílias não pode ser esquecido, nem os dramas de quem depende do setor privado, que foi marginalizado e abandonado por um Estado incompetente e falido durante todo o período de pandemia. Enquanto os países europeus apoiavam as empresas na ordem dos 80%, por cá não chegava aos 20%. 

Desenganem-se os arautos do socialismo, por mais que António Costa se possa vangloriar que os portugueses foram dos que menos perderam rendimentos no contexto europeu, esse fator deve ser visto com preocupação, porque estamos perante uma pirâmide social invertida e uma economia de Estado que não cria riqueza e apenas acumula despesa, o que levará sucessivamente ao aumento de impostos, sejam eles diretos ou indiretos, com efeitos nefastos para o nosso futuro. 

Na prática, assistimos à mesma receita de sempre: mais Estado, com uma recuperação económica lentíssima, na cauda da cauda da Europa, com os países de Leste sucessivamente a ultrapassarem-nos, precisamente por não existir uma economia forte assente nas empresas. Antes pelo contrário, com um PRR direcionado para cumprir o programa socialista e não para alavancar quem verdadeiramente perdeu rendimentos e cria riqueza, correndo o risco desta minoria sem voz se ver a braços com sucessivas falências e que sem eles o país entrará numa crise soberana.

É a dura a nossa realidade, mas não é de agora, a nossa economia é um castelo de cartas. Não reformamos nada. O país não cresce, apenas vai na onda da subsídio-dependência e, por fim, por detrás de tudo isto, existe uma agenda ideológica de estadização da vida dos portugueses, porque esse será sempre o ventilador do socialismo. 
O último que feche a porta…