PS. Costa encerra congresso prometendo reforço de apoios

PS. Costa encerra congresso prometendo reforço de apoios


No discurso de encerramento do 23.º Congresso do PS, António Costa revelou mais apoios para jovens, famílias e emprego no OE 2022.


No encerramento do 23º Congresso do PS, no domingo, em Portimão, António Costa aproveitou para anunciar algumas das medidas que o Governo espera introduzir no próximo Orçamento do Estado, na véspera do arranque das negociações com o BE, o PCP, o PEV e o PAN para a finalização da proposta do OE2022.

Entre as novidades do Governo socialista está um pacote de alterações à legislação laboral, nomeadamente em relação ao teletrabalho e à regulamentação das plataformas digitais, como tem exigido o BE.

“Quem trabalha para as plataformas digitais não é empresário em nome individual nem um prestador de serviços, é um trabalhador por conta de outrem”, argumentou o primeiro-ministro. Por essa razão, os trabalhadores de plataformas digitais vão ter de passar a ter contrato de trabalho, para garantir a sua proteção laboral.

Creches e apoios às famílias e jovens Em 2022 o Governo promete “abrir mais 10 mil lugares de creches no país” e mais apoios às famílias, com o alargamento das deduções até 900 euros a todas as famílias com crianças dos 0 aos 6 anos e um apoio infantil no valor mínimo de 600 euros às famílias com rendimento inferior ao mínimo de subsistência, a partir do segundo filho. Ao nível do combate à pobreza infantil, será reforçado o apoio financeiro a crianças entre os 3 e os 6 anos. Até ao final da legislatura, o valor deverá chegar aos 100 euros. E nas crianças mais velhas, “nenhuma terá menos de 50 euros por mês”, prometeu Costa.

Vai também ser proposto o alargamento do programa de apoio ao regresso dos jovens que emigraram em busca de melhores condições de trabalho. O líder socialista esclareceu que a alteração do programa Regressar passa por aumentar a sua duração por três anos, até ao final da legislatura em 2023, “assegurando que todos os jovens que regressem a Portugal tenham só uma tributação sobre 55% do vencimento que auferem”. Também a redução na tributação do IRS Jovem deverá ser alargada aos rendimentos do trabalho independente e o período passará de três para cinco anos. Esta isenção será de 30% nos dois primeiros anos, de 20% no terceiro e quarto ano e de 10% no quinto ano.

Educação e empresas Uma das prioridades do Governo é “a modernização das escolas profissionais e formação profissional” e António Costa garantiu que há 750 milhões para esse efeito. O primeiro-ministro referiu também o Impulso Jovem, que prevê assegurar o aumento de 40% de jovens graduados em ciências, engenharias e matemáticas, até 2025.

No que diz respeito ao meio empresarial, além do combate ao trabalho precário, o primeiro-ministro lembrou ainda o investimento previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para apoiar empresas com 9 mil milhões de euros. * Editado por José Cabrita Saraiva