As exportações de bens registaram um crescimento de 21,4% no mês de junho, valor que fica acima do registado no período antes da pandemia, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta segunda-feira.
Já as importações cresceram 29,4% no sexto mês do ano, ficando assim quase ao mesmo nível de 2019.
Excluindo combustíveis e lubrificantes, as exportações e as importações aumentaram 17,6% e 24,0%, respetivamente (+49,1% e +42,2%, pela mesma ordem, em maio de 2021)”, detalha ainda o gabinete de estatística, acrescentando que em comparação com junho de 2019, registaram-se acréscimos de 8% e 4,1%, pela mesma ordem.
Segundo o gabinete de estatística, para o crescimento das exportações contribuíram “os aumentos de fornecimentos industriais (+46,6%; +28,6% face a 2019) sobretudo produtos transformados provenientes principalmente de Espanha e da Alemanha e de Combustíveis e lubrificantes (+124,3%; -23,2% em relação a 2019) originários principalmente do Brasil”.
Défice da balança
O défice da balança comercial de bens cresceu 609 milhões de euros face ao mês homólogo de 2020 (diminuiu 347 milhões de euros em relação a junho de 2019), atingindo 1 523 milhões de euros em junho de 2021.
“Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice atingiu 1198 milhões de euros. No 2º trimestre de 2021, as exportações de bens aumentaram 49,0% e as importações 46,7% em relação ao mesmo período de 2020 (+51,6% e +39,3%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em maio de 2021)”, lê-se na nota.
Comparando com o segundo trimestre de 2019, as exportações subira 2,9% e as importações diminuíram 2,9%. “Estes resultados, refletindo a inclusão de nova informação, reveem 0,1 p.p. em baixa a taxa de variação homóloga das exportações e 0,4 p.p. em alta a taxa de variação homóloga das importações do 2º trimestre de 2021 apresentadas na estimativa rápida trimestral”, avança o INE.