Textor. O apaixonado por futebol interessado no ‘clube do povo’

Textor. O apaixonado por futebol interessado no ‘clube do povo’


Guru da realidade virtual, vencedor de Óscares e fã de futebol interessado nas ações da SAD do Benfica.


John Textor – licenciado em economia pela Universidade de Wesleyan e que também trabalhou no setor da banca digital, antes de se afirmar como “Guru da Realidade Virtual”, segundo a revista Forbes – o milionário que se interessou pela Benfica SAD, e tem em cima da mesa a compra de 25% das ações do clube diz que é um apaixonado pelos clubes de futebol por ver “a oportunidade de proporcionar benefícios diretos e tangíveis às pessoas nas suas comunidades imediatamente mais próximas e às que estão ao seu alcance global”. E admitiu que se sentiu atraído pelo Benfica por ser “o clube do povo”. E lembra: “Ao contrário de qualquer empresa ou clube a que tive o prazer de estar associado, foi formado, está estruturado e é dirigido principalmente para o benefício da sua comunidade. Se alguma vez fosse convidado pelas pessoas do Benfica para apoiar a missão do Benfica, não teria de criar essa ligação com a comunidade.

Tem sido o caminho do Benfica desde muito antes da minha chegada. Só espero poder ajudar a reforçar o Benfica em benefício das suas pessoas”, disse, em comunicado. 

Mas quem é este investidor? O milionário norte-americano, de 55 anos, começou a estar nas luzes da ribalta por ser diretor executivo da Digital Domain, ou seja, a empresa que fez os efeitos especiais para filmes como Titanic, Estranho Caso de Benjamin Button, Piratas das Caraíbas ou Tranformers, acabando por ganhar com os dois primeiros filmes um Óscar na categoria de melhores efeitos especiais.

Mas nem tudo foi tranquilo. A empresa, em 2014, foi acusada de lesar os contribuintes em mais de 80 milhões de dólares (quase 68 milhões de euros), no entanto, Textor que era um dos 23 acusados acabou por não ser condenado e até acabou por ser indemnizado em 8,5 milhões de dólares (quase oito milhões de euros) pelo estado da Florida. É certo que esta polémica levou Textor a sair da empresa.

Mas o seu percurso não ficou por aqui. Em 2013 fundou a Facebank, especializada em realidade virtual. E com esta tecnologia, criou em eventos com grande impacto atuações em holograma de artistas já desaparecidos, como Michael Jackson e Tupac, e desenvolveu o museu da banda sueca ABBA.

E em 2020 comprou a FuboTV, negócio de streaming de conteúdos desportivos, e uniu ambas empresas para transmitir eventos desportivos, como as ligas profissionais de futebol americano (NFL), basquetebol (NBA), basebol (MLB), hóquei no gelo (NHL) e futebol (MLS), que se fundiu com a FaceBank em 2020, sendo também proprietário de uma loja de skateboarding. Aliás, ele próprio já foi praticante desta modalidade.

A par destes negócios é apontado ainda o seu interesse na compra do Crystal Palace, da Premier League. De acordo com site Gurufocus, Textor tem uma fortuna avaliada em cerca de 191 milhões de euros (mais de 161 milhões de euros). 

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