É por isto que continuamos trancados (e bem trancados) em casa


Lá diz o velho ditado “Casa arrombada, trancas à porta” e, neste caso, depois do assalto de janeiro e fevereiro estamos literalmente todos trancados e bem trancados do lado de dentro. 


Com a descida recorde do número de casos de covid e o abençoado alívio da pressão sobre os hospitais e os profissionais de saúde, há quem se comece a perguntar pelo desconfinamento. Por que não? Por uma razão simples: cometeram-se demasiados erros antes.

Lá diz o velho ditado “Casa arrombada, trancas à porta” e, neste caso, depois do assalto de janeiro e fevereiro estamos literalmente todos trancados e bem trancados do lado de dentro. Claro que a posteriori é mais fácil apontar os erros, mas já em outubro de 2020, por exemplo, as pessoas mais bem informadas diziam que, se não houvesse medidas firmes (como não houve), as coisas iam dar para o torto. Antes disso, durante os meses de “acalmia”, pouco foi feito para preparar o SNS ou as escolas (apesar das promessas de distribuição de computadores).

E depois, claro, veio a decisão catastrófica de permitir a abertura no Natal, anunciada com a mesma bonomia de quem dá tolerância de ponto no carnaval e apoiada em dados que claramente não correspondiam à realidade. Os portugueses iam protestar se não pudessem estar com os familiares, claro, mas é precisamente nessas alturas que um Governo mostra a fibra de que é feito.

Seguiu-se a teimosia em fechar as escolas, motivada por a promessa de distribuir computadores não ter sido cumprida. E mesmo quando já todos viam que a situação era desesperada havia quem continuasse a diabolizar os hospitais privados por questões ideológicas. Todo isso obriga, agora que o mal está feito, a que estejamos confinados muito para lá do que seria razoável.

O facilitismo, o deixa andar e o porreirismo resultaram numa mão de ferro que continua a estrangular a economia e a sufocar as pessoas. Avaliaremos depois o rasto de destruição deixado por este confinamento. Mas se calhar quem tem razão é mesmo o primeiro-ministro. Segundo os mais recentes estudos de opinião, é o único político que não perdeu popularidade. Quem diria uma coisa destas? A avaliar pelos índices, os portugueses estão satisfeitíssimos.

 

É por isto que continuamos trancados (e bem trancados) em casa


Lá diz o velho ditado “Casa arrombada, trancas à porta” e, neste caso, depois do assalto de janeiro e fevereiro estamos literalmente todos trancados e bem trancados do lado de dentro. 


Com a descida recorde do número de casos de covid e o abençoado alívio da pressão sobre os hospitais e os profissionais de saúde, há quem se comece a perguntar pelo desconfinamento. Por que não? Por uma razão simples: cometeram-se demasiados erros antes.

Lá diz o velho ditado “Casa arrombada, trancas à porta” e, neste caso, depois do assalto de janeiro e fevereiro estamos literalmente todos trancados e bem trancados do lado de dentro. Claro que a posteriori é mais fácil apontar os erros, mas já em outubro de 2020, por exemplo, as pessoas mais bem informadas diziam que, se não houvesse medidas firmes (como não houve), as coisas iam dar para o torto. Antes disso, durante os meses de “acalmia”, pouco foi feito para preparar o SNS ou as escolas (apesar das promessas de distribuição de computadores).

E depois, claro, veio a decisão catastrófica de permitir a abertura no Natal, anunciada com a mesma bonomia de quem dá tolerância de ponto no carnaval e apoiada em dados que claramente não correspondiam à realidade. Os portugueses iam protestar se não pudessem estar com os familiares, claro, mas é precisamente nessas alturas que um Governo mostra a fibra de que é feito.

Seguiu-se a teimosia em fechar as escolas, motivada por a promessa de distribuir computadores não ter sido cumprida. E mesmo quando já todos viam que a situação era desesperada havia quem continuasse a diabolizar os hospitais privados por questões ideológicas. Todo isso obriga, agora que o mal está feito, a que estejamos confinados muito para lá do que seria razoável.

O facilitismo, o deixa andar e o porreirismo resultaram numa mão de ferro que continua a estrangular a economia e a sufocar as pessoas. Avaliaremos depois o rasto de destruição deixado por este confinamento. Mas se calhar quem tem razão é mesmo o primeiro-ministro. Segundo os mais recentes estudos de opinião, é o único político que não perdeu popularidade. Quem diria uma coisa destas? A avaliar pelos índices, os portugueses estão satisfeitíssimos.