O Tribunal Penal Internacional condenou, esta quinta-feira, o ugandês Dominic Ongwen, de 45 anos, é acusado de 70 crimes de guerra e crimes contra a humanidade, supostamente cometidos entre 2002 e 2005.
Ongwen, raptado aos 10 anos para se tornar uma criança-soldado, foi julgado enquanto líder do grupo rebelde, Exército de Resistência do Senhor (LRA), acusado de cometer crimes como homicídio, violação, escravatura sexual, casamento forçado, tortura, pilhagem e recrutamento de crianças.
O ugandês foi detido em 2015 e o julgamento durou mais de três anos, terminando apenas em março de 2020.
Nos argumentos finais, o advogado de Ongwen, Krispus Odongo, disse que a vida brutal no Exército de Resistência do Senhor afetou a sua saúde mental e a sua capacidade de tomar decisões independentes. Por isso, pediu a sua absolvição.
"Estabeleceu-se sua culpa para além de qualquer dúvida razoável", afirmou o juiz Bertram Schmitt, ao ler o veredicto sobre massacres cometidos nos anos 2000 por soldados liderados por Ongwen.