Vaticano aprova vacinas com células de fetos abortados

Vaticano aprova vacinas com células de fetos abortados


A Congregação para a Doutrina da Fé publicou um esclarecimento sobre o uso de vacina desenvolvida a partir de linhas celulares provenientes de tecidos obtidos de fetos abortados depois de nos últimos meses ter recebido pedidos de parecer sobre o assunto.


O Vaticano considera "moralmente aceitável" usar vacinas anti-covid-19 produzidas a partir de células retiradas de fetos abortados em países onde não existir alternativa e os cidadãos não puderem escolher a vacina.

A Congregação para a Doutrina da Fé publicou hoje um esclarecimento sobre o uso de vacina desenvolvida a partir de linhas celulares provenientes de tecidos obtidos de fetos abortados não espontaneamente depois de nos últimos meses ter recebido pedidos de parecer sobre o assunto.

"(…) Quando vacinas eticamente irrepreensíveis contra covid-19 não estão disponíveis (por exemplo, onde a sua distribuição é mais difícil devido a determinadas condições de armazenamento e transporte, ou quando vários tipos de vacinas são distribuídos no mesmo país, mas, pelas autoridades de saúde, os cidadãos não podem escolher a vacina a ser inoculada) é moralmente aceitável usar vacinas anti-Covid- 19 que usaram linhagens celulares de fetos abortados no seu processo de pesquisa e fabricação", refere a Congregação para a Doutrina da Fé.

A Congregação refere ainda que o esclarecimento não pretende julgar a segurança e eficácia dessas vacinas, embora eticamente relevantes e necessárias, cuja avaliação é de responsabilidade de investigadores biomédicos e agências de medicamentos, mas apenas refletir sobre o aspeto moral do uso dessas vacinas contra a covid-19 que foram desenvolvidas com linhagens celulares de tecidos obtidos de dois fetos abortados não espontaneamente.