Ciclismo. Muitas promessas, poucas resoluções

Ciclismo. Muitas promessas, poucas resoluções


Com o primeiro estado de emergência, os portugueses procuraram uma alternativa aos transportes públicos. No entanto, as melhorias prometidas ficaram no papel.


Portugal foi o quarto país da União Europeia (EU) que mais ciclovias prometeu construir durante a pandemia de covid-19 – de um total de 2318 quilómetros que os europeus prometeram fazer, mais de 150 seriam em Portugal. Mas, por cá, apenas 20 foram construídos, sendo que dois terços na capital. Isto faz com que Portugal, apesar de estar no top 5 de países que mais ciclovias pretendia construir, fique em décimo no que toca a promessas cumpridas. Em termos de orçamento, em meados de março, a Federação Europeia dos Ciclistas contabilizou 1021 milhões de euros para que os objetivos anunciados fossem concretizados.

O presidente da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB) acredita que a construção de ciclovias é um passo na direção certa para a melhoria de condições para quem quer andar de bicicleta, mas não é o único nem tão pouco o mais importante. José Caetano afirma ao i que o essencial é “promover a acalmia do tráfego e redesenhar as cidades” de modo a que não “se ande a 100 km/h onde também andam bicicletas”.

José Caetano explica que cada vez mais pessoas querem passar a incorporar o andar de bicicleta no seu dia-a-dia, mas isso nem sempre é uma tarefa fácil: “Se eu moro no quinto andar e tenho que descer com a bicicleta, depois tenho de a levar nos transportes, é uma grande logística”. Para contrariar estas dificuldades, o presidente da Federação dá o exemplo das bicicletas GIRA, que se vêm um pouco por toda a cidade de Lisboa. “Estão ali à mão e toda a gente as pode usar, sem ter de se preocupar onde as vai pôr depois”.

Leia o artigo completo na edição impressa do jornal i. Agora também pode receber o jornal em casa ou subscrever a nossa assinatura digital.