Talvez o surpreenda, mas uma figura incontornável da política da Etiópia é Ana Gomes, candidata à presidência da República portuguesa. A eurodeputada chegou a encher estádios com admiradores jubilantes, num país onde é conhecida por alguns como Anna Gobese, qualquer coisa como A Corajosa ou A Justa. Tudo começou em 2005, um ano após ser eleita eurodeputada, quando viajou para Adis Abeba chefiando duzentos observadores eleitorais. Acabou a considerar a eleição como uma enorme fraude eleitoral, exigindo a libertação de presos políticos e denunciando o então primeiro-ministro, Meles Zenawi, como ditador. Zenawi morreu em 2012, mas o seu partido, Frente de Libertação do Povo Tigré (TPLF), está em guerra civil com o atual Governo. Mais uma vez, Ana Gomes não ficou fora da refrega.
“É sempre o mesmo argumento!”, tweetou a eurodeputada no início do mês, em resposta a um artigo da Lusa com o título “União Europeia preocupada com riscos de desintegração na Etiópia”. “Foi com ele que a UE sempre respaldou a brutal ditadura de Meles Zenawi. Como vim denunciando desde 2005”, acrescentou, numa altura em que as forças armadas do primeiro-ministro Abiy Ahmed, galardoado com o Prémio Nobel da Paz o ano passado, avançavam por Tigré a dentro, bastião do antigo partido governante. “Ora cresçam e tratem mas é de apoiar quem se bate na #Etiópia por democracia. Que não é certamente a clique que resta do TPLF no Tigré…”
Leia o artigo completo na edição impressa do jornal i. Agora também pode receber o jornal em casa ou subscrever a nossa assinatura digital.