Transportes. Fectrans considera “pavoroso” suspender todos os serviços

Transportes. Fectrans considera “pavoroso” suspender todos os serviços


A rede Expressos é, até agora, a única a suspender a circulação nos próximos dois fins de semana, pontes e feriados. Mas há também outras alterações nessas datas. Saiba com o que pode contar.


Se, por acaso, trabalha nos próximos dois fins de semana, pontes ou até mesmo nos feriados de 1 e 8 de dezembro, saiba que a rede Expressos não faz parte do leque de transportes públicos disponíveis. A decisão do Governo de proibir a circulação entre concelhos, nessas datas, fez com que a empresa suspendesse toda a atividade de transporte de passageiros, acabando por gerar discórdia. Ao i, Luís Venâncio, elemento da direção da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), criticou a decisão, sublinhando que, pelo menos, a empresa deveria ter anunciado serviços mínimos.

“Independentemente do estado e da crise sanitária do país, temos vindo a assistir à supressão de carreiras em vários locais. E esta decisão da rede Expressos não faz qualquer sentido, porque assim entramos num esquema que é o de fechar tudo. Cortamos tudo e acabou?”, questionou, alertando ainda para o facto de esta rede “atravessar uma série de concelhos” e de haver pessoas que “vêm trabalhar de muito longe”.

“Temos situações de muita gente que trabalha dentro de Lisboa, mas que vem da Malveira e de Torres Vedras. Atravessam esses concelhos todos e usam essa rede, deslocando-se em trabalho. Não nos podemos esquecer que as pessoas continuam a trabalhar e isto dificulta muito as suas vidas. Sabemos que o Estado tem criado apoios para as empresas e a rede Expressos é uma marca. Acho excessivo o que fez e espero que, nos concelhos fronteira, não se entre também nesta onda de suspender tudo. Seria pavoroso”, atirou, adiantando, porém, não ter conhecimento de outras empresas de transporte público a fazer o mesmo.

“Não me parece que seja viável fazer isso, por exemplo, em empresas de transportes de Lisboa. Se não houver transporte que garanta a mobilidade das pessoas entre concelhos, uma pessoa que more em Lisboa e trabalhe em Loures, e queira deslocar-se ao seu trabalho, não tem transporte público. Não me parece que seja uma coisa acertada”, concluiu.

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