Pais que querem os filhos longe do “terror” da escola

Pais que querem os filhos longe do “terror” da escola


Em tempos de pandemia de covid-19 e de aulas presenciais, são muitos os pais que tentam fugir do “pesadelo” da escola para colocar os filhos em ensino doméstico ou individual.


Em pleno arranque do ano letivo, são muitos os pais que regressam ao hábito de deixar os filhos na escola pela manhã, bem cedo, antes de um longo dia de trabalho. Com a covid-19 instalada em Portugal, porém, o receio em torno das medidas restritivas implementadas pelos estabelecimentos escolares estão a deixar alguns pais de cabelos em pé. Ora os intervalos são demasiado curtos, ora consideram existir demasiada interação na escola. Por isso, outras ideias têm surgido na mente dos encarregados de educação, que, devido a todas as medidas de contenção, têm optado por pensar noutras estratégias: o ensino doméstico – com as aulas a serem lecionadas pelos pais em casa – e o ensino individual – em que os pais contratam um tutor para dar aulas ao filho fora da escola.

Coordenadora do espaço Pensarilhos, no Porto, onde o objetivo é “proporcionar um ambiente familiar aos alunos para que possam sentir-se seguros para aprender”, Joana Miranda, mãe de cinco filhos, confessou ao i que sempre teve os seus em regime de ensino doméstico, tanto no básico como no secundário – tem três atualmente nestas condições –, mas que agora, com o aparecimento da pandemia, tem recebido muito mais contactos de pais que querem ver esclarecidas dúvidas em relação a estes modelos de ensino.

“Já tivemos muita procura e pedidos de informação de pais que estão a recear não só o facto de os filhos poderem estar em contacto com muita gente e apanhar o vírus, mas também por causa das restrições que muitas escolas estão a ter. As pessoas que nos abordam para questionar como é que isto funciona são pessoas que não querem que eles percam qualidade de vida. Há aquelas que são gerais e obrigatórias, mas depois há escolas que adotam outras estratégias, sem poderem ter qualquer tipo de contacto. A minha posição não é essa nem dos pais que nos procuram. Há escolas que também estão a ter uma boa postura, mas outras que pecam por excesso”, sublinhou, referindo que recentemente recebeu o contacto de uma mãe que “não tinha a intenção de tirar a filha da escola”, mas “se ficasse sem intervalo” tinha de “encontrar outra solução” e “ficar com a miúda em casa”.

 

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