A história da Festa do Avante!, com ponto de exclamação, tem agitado as almas cá da praça, algumas das quais minhas amigas e por quem tenho a maior das considerações. Mas neste tema como em muitos outros, as pessoas colocam tudo entre esquerda e direita, como se o mundo fosse a preto e branco. Não tenho partido e, já fiz esse exercício várias vezes, é impossível autocatalogar-me (no i como no SOL, cada um fala por si). No que diz respeito aos costumes, estou à esquerda da esquerda; defendo a legalização da eutanásia – ou morte assistida, como queiram –, a legalização de todas as drogas, da prostituição e dos casamentos polígamos, entre muitos outros assuntos. Na economia defendo, mais do que aumentos, a distribuição de lucros, sou favorável à habitação e cuidados de saúde gratuitos para quem não pode pagar – e não só a refugiados –, mas também entendo que quem investe deve ser compensado pelo seu empenho e arrojo. Os sistemas igualitários, como sabemos, são uma desgraça. Vem esta conversa a propósito da Festa do Avante!, como se o evento em si tivesse uma carga pejorativa ou elogiosa, de acordo com a visão de cada um.
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