De repente, para um grupo de jovens portugueses, a América ficou mais perto do que nunca. Ah! Os Estados Unidos… Sonho de tantos deles. Sonho concretizado no meio de um charivari alegre e incontrolável. Eles tinham visto a América com os seus próprios olhos. E traziam um mundo inteiro para contar.
Graças ao intercâmbio do American Field Service, uma dúzia de portugueses tinha viajado até aos Estados Unidos e regressara com uma nova visão do universo. Durante um ano, cada um deles viveu, em cidades diversas, junto de uma família americana das várias que foram escolhidas pela organização. Nesse dia, em Santa Apolónia, voltavam a juntar-se como o haviam feito antes da partida, preparados para voltarem a espalhar-se por Portugal e pelos locais de onde tinham partido na aventura das suas vidas. Sete raparigas e cinco rapazes ferviam de entusiasmo na gare lisboeta. Todos tinham episódios infinitos para contar.
Maria da Conceição Granger Rodrigues falava pelos cotovelos: “Durante a minha permanência nos Estados Unidos tive a oportunidade de fazer alguns discursos sobre Portugal. A juventude americana é muito curiosa. Quer saber de tudo um pouco e, sobretudo, da forma como vivemos na Europa. Senti necessidade de lhes explicar a nossa maneira de estar em sociedade. Acho que foi muito positivo. Volto feliz por ter vivido esta experiência que foi incrível”.
A miudagem papagueava enquanto ia fazendo horas para os seus destinos. Tinham também, entre eles, muito para falar. Afinal, o que tinham vivido jamais se apagaria das suas jovens memórias sedentas de absorver estímulos.
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