O presidente do CDS pediu uma “justiça atuante e mão pesada” para os “criminosos que colocam fogo” e “colocam o país em risco”. Francisco Rodrigues dos Santos defendeu, ontem, que “a nossa justiça tem de ter mão pesada para todos os criminosos que têm colocado em risco as nossas populações”
Rodrigues dos Santos começou por “prestar homenagem” a todos os bombeiros que morreram no combate às chamas para “proteger as nossas populações neste período crítico”. Para o presidente dos centristas, uma das soluções para prevenir incêndios é que a justiça seja “implacável” e “dissuasora de situações futuras”.
“Parece que Portugal é uma república das bananas quando há mortalidade dos nossos bombeiros, populações e património dilacerado. Temos de ser muito claros: tolerância zero para quem coloca o país em risco através do fogo”, disse.
O presidente do CDS alertou ainda que “o risco de incêndio este verão é muito mais elevado do que nos anos anteriores” e “Portugal não colocou à disposição da Proteção Civil os meios humanos, aéreos e operacionais para fazer face a este risco”. Francisco Rodrigues dos Santos considerou que só uma “atuação preventiva” pode “impedir grandes tragédias como as de há anos” e apelou a “condutas humanas responsáveis”.
Pandemia e ideologia Rodrigues dos Santos acusou o primeiro-ministro de dar “uma resposta ideológica” à pandemia e insistiu na ideia de que o Estado não tem de ser o único prestador de cuidados de saúde. “No CDS não colocamos a ideologia à frente das pessoas. O Governo tem procurado, infelizmente, dar uma resposta ideológica à pandemia em vez de criar condições para que os doentes tenham acesso às consultas e aos tratamentos de que precisam, independentemente de quem é a propriedade da unidade hospitalar”, afirmou o líder do CDS, no Porto, depois de uma visita ao Hospital de São João.
O presidente do CDS reafirmou a necessidade de ser criado “um programa excecional para recuperação das filas de espera e do adiamento e cancelamento das cirurgias, das consultas e dos exames complementares de diagnóstico”.
Outra das preocupações manifestada pelos centristas é a possibilidade de uma segunda vaga no inverno. “É preciso mais investimento de meios e não apenas 500 milhões. É necessário um planeamento na segunda vaga e sem suspensão das consultas, exames e cirurgias. Os portugueses precisam de ajuda porque continuam a necessitar de cuidados médicos e esse é um direito que tem de estar a ser garantido pelo Governo”, disse Francisco Rodrigues dos Santos.