Os trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) iniciaram esta quarta-feira uma greve por tempo indeterminado aos feriados e fins de semana, reivindicando melhores condições de trabalho. A STCP já alertou que a paralisação dos trabalhadores poderá provocar constrangimentos na operação regular e na mobilidade dos clientes.
Este protesto surge um dia após uma greve de 24 horas que deixou o Porto sem autocarros. A greve – que começou à meia-noite de terça-feira – afetou as 73 linhas da rede da STCP, uma vez que o Tribunal Arbitral não estabeleceu quaisquer serviços mínimos.
Quatro dos cinco sindicatos dos trabalhadores da STCP aderiram à greve – o Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM), o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (STTAMP), o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA) e a Associação Sindical de Trabalhadores dos Transportes Coletivos do Porto (SMTP) – o que corresponde a cerca de 90% dos 1200 trabalhadores da empresa.
Recorde-se que a STCP apresentou esta semana as contas referentes a 2019, destacando-se um crescimento no número de passageiros (76,7 milhões de passageiros, um aumento de 4,5%) e nas receitas. Apesar de os resultados operacionais terem melhorado (+30%), mantiveram-se, ainda assim, negativos em 1,2 milhões de euros.
