D. Maria II. Tchekhov e o teatro como ele é em 2020

D. Maria II. Tchekhov e o teatro como ele é em 2020


No último fim de semana o Teatro Nacional D. Maria II recebeu pela primeira vez público numa reabertura que não foi definitiva, que acontece apenas em setembro. Até lá, é o tempo necessário para que se recupere o trabalho que se perdeu. Foi esse regresso ao trabalho, ao teatro nos moldes em que tem funcionado,…


“Tenho falta de ar”. Não é o ator, é uma das personagem de Tchekóv que fala no palco da Sala Garrett, onde Tónan Quito deveria estar a estrear já em julho “A Vida Vai Engolir-vos”, espetáculo que em oito horas e meia divididas em duas partes funde numa única peça as quatro principais de Anton Tchekhov: “A Gaivota”, “O Tio Vânia”, “Três Irmãs”, “O Ginjal”, mas com ao qual a chegou por estas semanas, pela primeira vez, nos ensaios. Ensaios que o ocuparão todos os dias até que possa estrear, em setembro, com o início da próxima temporada do Teatro Nacional D. Maria II. Depois de dois meses e meio de confinamento, um teatro, já vinha alertando o setor, não regressa à atividade de portas abertas ao público por decreto apenas.

Não é o ator que fala mas poderia. Poderia na verdade ser qualquer um destes oito (nove, com Tónan Quito, que o encena mas também representa) dos quais se podem apenas adivinhar as expressões escondidas pelas máscaras, reunidos num palco que antes de setembro apenas pontualmente terá diante dele uma plateia de público – a primeira vez aconteceu nos sábado e domingo passados, nas duas récitas em que Tiago Rodrigues, também diretor artístico da casa do Rossio, em Lisboa, regressou a “By Heart”, um espetáculo que vem revisitando desde a sua estreia, em 2013, e que serviu no último fim de semana o há tanto desejado reencontro com o público.

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