Se uma mulher sensual e provocante o convidar a seguir um perfil do Instagram recheado de fotografias de corpos femininos seminus, talvez não seja – ao contrário do que poderia à partida imaginar – motivo para se sentir lisonjeado. O mais provável é tratar-se de um sex bot, contas falsas de cariz sexual direcionadas, por norma, ao público masculino que por estes dias têm vindo a multiplicar-se, sem qualquer controlo por parte desta rede social.
Por norma, estas abordagens são parte de um esquema de phishing, que consiste na tentativa fraudulenta de obter informações confidenciais dos utilizadores, como dados pessoais, senhas ou números de cartões de crédito. Em alternativa, o contacto pode ser apenas uma forma de atrair usuários para sites com conteúdos pornográficos. Ou de encher o seu browser com uma torrente de janelas pop-up de publicidade não solicitada (e potencialmente nociva para o seu telemóvel ou computador).
Estas contas não são propriamente uma novidade. Porém, com o atual contexto pandémico – que fez disparar o uso de equipamentos informáticos e o tráfego nas redes sociais em Portugal (atingindo todas as faixas etárias) –, este tipo de spam tem vindo a aumentar descontroladamente no Instagram, a rede social preferida dos jovens, apenas superada em termos globais pelo Facebook. Em 2019, 68% dos portugueses com acesso à internet, ou seja, cerca de cinco milhões de pessoas, tinham uma conta no Instagram, uma rede social que quadruplicou os seus utilizadores desde 2013 e lidera na faixa etária entre os 15 e os 24 anos, segundo o relatório “Redes Sociais e Influenciadores:_Números e Tendências”, publicado pela Marktest.
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