Em Deshnoke, na Índia, há um templo dedicado a Karni Mata, a guerreira hindu que incarna a deusa Durga, também chamada Adi Parashakti, senhora dos infinitos combates contra os seres demoníacos que ameaçam a paz e a prosperidade.
Deshnoke é uma cidadezinha poeirenta a cerca de 30 quilómetros de Bikaner, no estado do Rajastão.
Às vezes, quando ouço o rato que vive entre o teto e o telhado das minhas águas-furtadas à beira-Sado, lembro-me dos milhares e milhares de ratos do templo de Karni Mata, onde somos, obviamente, obrigados a entrar descalços, e eles caminham sobre os nossos pés com a liberdade de animais santos em busca das malgas enormes de leite nas quais matam a fome e a sede.
Os ratos não me enojam. Comi uma ratazana assada em Checarayocpampa, no Peru, e não me fez mal nenhum. Só sede, de tão seco que era o bicho. Tenho saudades da Índia, agora que não posso lá voltar.
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