V*******!


Ao não permitir que todas as forças políticas eleitas para a Assembleia da República possam participar numa reunião tão importante, os partidos que aprovaram o veto expuseram-se ao opróbrio.


“Um homem é tanto mais respeitável quanto mais numerosas são as coisas das quais se envergonha”
        George Bernard Shaw

Sem pejo, PS, PSD e PCP negaram aos pequenos partidos representados na Assembleia da República, aqueles que elegeram apenas um deputado, o direito de assistirem às reuniões da conferência de líderes, mesmo apenas como observadores, isto é, podendo intervir, mas sem direito de voto.
Isto é, sem qualquer timidez ou acanhamento, aqueles partidos impediram representantes de forças políticas escolhidas pelos eleitores de participarem na reunião onde é definido o calendário político do Parlamento. 
Trata-se, sem dúvida, de um ato indecoroso que parece querer apenas inculcar nos partidos com apenas um deputado um sentimento de perda de dignidade, humilhação e rebaixamento.
Ao não permitirem que todas as forças políticas eleitas para a Assembleia da República possam participar numa reunião tão importante, os partidos que aprovaram o veto expuseram-se ao opróbrio, uma vez que classificar as forças políticas parlamentares como partidos de primeira e de segunda categoria só os desonra. 
Apesar de tudo, lá concederam a hipótese de os pequenos partidos poderem participar, se convocados pelo presidente da Assembleia da República. Ferro Rodrigues terá, pois, um poder discricionário. 
Os deputados únicos passam a ter direito a cinco declarações políticas por cada sessão legislativa e a falar um minuto e meio em cada debate quinzenal.
Foi a máxima concessão que os grandes quiseram fazer aos pequenos. Isto é, temos DEMOCRACIA e democracia. 
Tudo isto foi feito sem que se vislumbrasse qualquer rubor nas faces dos representantes de PS, PSD e PCP. 
Procurei, como certamente repararam, utilizar apenas os sinónimos possíveis daquela palavra começada por V mas que parece ter sido proibida no Parlamento pelo seu presidente.
Vivemos, de novo, numa época de proibições, umas declaradas, outras – a maioria – camufladas. Que elas tenham chegado à Assembleia da República é um sinal dos tempos, mas é sobretudo um alerta para o que pode estar ainda para vir.
Até porque, como nos ensinou Maquiavel, “aqueles que vencem, não importa como vençam, nunca carregam vergonha”.

Jornalista
 

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Ao não permitir que todas as forças políticas eleitas para a Assembleia da República possam participar numa reunião tão importante, os partidos que aprovaram o veto expuseram-se ao opróbrio.


“Um homem é tanto mais respeitável quanto mais numerosas são as coisas das quais se envergonha”
        George Bernard Shaw

Sem pejo, PS, PSD e PCP negaram aos pequenos partidos representados na Assembleia da República, aqueles que elegeram apenas um deputado, o direito de assistirem às reuniões da conferência de líderes, mesmo apenas como observadores, isto é, podendo intervir, mas sem direito de voto.
Isto é, sem qualquer timidez ou acanhamento, aqueles partidos impediram representantes de forças políticas escolhidas pelos eleitores de participarem na reunião onde é definido o calendário político do Parlamento. 
Trata-se, sem dúvida, de um ato indecoroso que parece querer apenas inculcar nos partidos com apenas um deputado um sentimento de perda de dignidade, humilhação e rebaixamento.
Ao não permitirem que todas as forças políticas eleitas para a Assembleia da República possam participar numa reunião tão importante, os partidos que aprovaram o veto expuseram-se ao opróbrio, uma vez que classificar as forças políticas parlamentares como partidos de primeira e de segunda categoria só os desonra. 
Apesar de tudo, lá concederam a hipótese de os pequenos partidos poderem participar, se convocados pelo presidente da Assembleia da República. Ferro Rodrigues terá, pois, um poder discricionário. 
Os deputados únicos passam a ter direito a cinco declarações políticas por cada sessão legislativa e a falar um minuto e meio em cada debate quinzenal.
Foi a máxima concessão que os grandes quiseram fazer aos pequenos. Isto é, temos DEMOCRACIA e democracia. 
Tudo isto foi feito sem que se vislumbrasse qualquer rubor nas faces dos representantes de PS, PSD e PCP. 
Procurei, como certamente repararam, utilizar apenas os sinónimos possíveis daquela palavra começada por V mas que parece ter sido proibida no Parlamento pelo seu presidente.
Vivemos, de novo, numa época de proibições, umas declaradas, outras – a maioria – camufladas. Que elas tenham chegado à Assembleia da República é um sinal dos tempos, mas é sobretudo um alerta para o que pode estar ainda para vir.
Até porque, como nos ensinou Maquiavel, “aqueles que vencem, não importa como vençam, nunca carregam vergonha”.

Jornalista