Guiné-Bissau vai ter uma segunda volta das presidenciais

Guiné-Bissau vai ter uma segunda volta das presidenciais


O candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira, teve 40,13% dos votos nas eleições de domingo, enquanto o seu adversário, Umaro Sissoco Embaló, do Madem-G15, obteve 27,65%.


A Guiné-Bissau vai ter uma segunda volta das eleições presidenciais, a 29 de dezembro. O candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira, que teve 40,13% dos votos nas eleições deste domingo, e enfrentará Umaro Sissoco Embaló, líder do principal partido da oposição, o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), que obteve 27,65%.

Apesar da larga diferença entre os dois candidatos, a segunda volta arrisca ser disputada taco a taco, dado a dispersão de votos entre a oposição – a maioria da qual concordou durante a campanha em apoiar quem quer que concorresse contra Domingos Simões Pereira.

Fica para trás o atual Presidente José Mário Vaz, que não conseguirá a reeleição – teve apenas 12,4% dos votos – e o antigo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que teve somente 2%. Apesar do elevado número de opções, com 12 candidatos à presidência, a taxa de abstenção foi a mais elevada desde 2005, ficando pelos 25,63%.

A segunda volta ocorrerá num momento de grande tensão na Guiné-Bissau, após o Presidente ter tentado demitir o Governo do PAIGC, liderado por Aristides Gomes, sem sucesso. Um dos assuntos em cima da mesa é a presença ou não da missão de manutenção de paz da Comunidade Económica da África Ocidental (CEDEAO), que apoiou o Governo do PAIGC, e que Embaló – o "general do povo", lê-se nos seus materiais de campanha – já prometeu expulsar.