A riqueza das famílias portuguesas aumentou no período entre 2013 e 2017, de acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nesta quarta-feira. De acordo com o Inquérito à Situação Financeira das Famílias de 2017, a riqueza líquida das famílias residentes em Portugal aumentou 13,2% em média e 10% em termos de valor mediano, para os 162,3 mil euros e os 74,8 mil euros, respectivamente.
O aumento ocorreu nas diferentes classes de riqueza, tendo a desigualdade, medida pelo coeficiente de Gini, passado de 68,4% para 67,9%. Ainda assim, o estudo conclui que o conjunto de 10% das famílias com maior riqueza líquida detinha 53,9% da riqueza líquida total e o conjunto das 50% com menor riqueza líquida detinha apenas 8,1%.
Os imóveis são os ativos mais importantes das famílias, representando 87,7% do total de ativos. Nos ativos financeiros, os depósitos à ordem são o ativo com maior peso para as famílias da classe de riqueza líquida mais baixa e os depósitos a prazo para as famílias das restantes classes. Em 2017, 45,7% das famílias tinham dívida e 6,9% das famílias enfrentaram restrições no acesso ao crédito.