Greves portuárias provocam perda de carga

Greves portuárias provocam perda de carga


Nos primeiros sete meses de 2019 os portos nacionais perderam quase 5% da carga movimentada, na sequência das greves em Sines e da diminuição da importação de petróleo e de carvão.


A carga movimentada nos portos portugueses sofreu um decréscimo de 4,8% nos primeiros sete meses do ano, face ao ano de 2018. Os dados são do relatório de acompanhamento do mercado portuário, realizado mensalmente pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.

A descida registada vem na sequência das greves em Sines e da diminuição da importação de petróleo e carvão. Foram movimentados, até julho, 52,2 milhões de toneladas. Segundo o relatório, a quebra registada nos portos em Portugal Continental é explicada pela diminuição de Petróleo Bruto nos portos de Sines e Leixões, pela perda de quase dois milhões de carga contentorizada em Sines, por efeito da greve dos trabalhadores  do terminal XXI e, por última, pela diminuição da importação de carvão – contabilizada em quase 450 mil toneladas – devido à manutenção da central termoelétrica, que se encontra parada para manutenção desde finais de junho.

O porto de Sines continua ainda a liderar no movimento global portuário, apesar de ter invertido a tendência de subida no mês passado. Em julho, Sines representava quase metade do movimento portuário (48,8%), seguido de Leixões (21,1%), Lisboa (12,7%), Setúbal (7,6%) e Aveiro (6,1). Leixões e Aveiro registaram, no entanto, no mesmo mês, as melhores marcas de sempre.