Depois de, no ano passado, não se ter registado nenhum aumento na produção de energia renovável, é esperado que em 2019 se registe um aumento de 125 na produção, o maior registado nos últimos quatro anos.
O estudo da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado esta sexta-feira, revela que o crescimento da energia solar vai crescer em 17% este ano. Ainda sobre esta forma de energia, o documento refere que a desaceleração da produção naquele que é o principal mercado – a China – vai ser compensada pela expansão registada pelos países da União Eiropeia (UE), na qual Espanha ocupa o primeiro lugar.
E se a China está a desacelerar a sua produção, o mesmo não se pode dizer de países como o a Índia, os Estados Unidos e o Japão, que o relatório refere como países “a usufruir do máximo possível de incentivos”.
O desenvolvimento da produção gerada por painéis fotovoltaicos teve “um desenvolvimento lento” entre janeiro e junho deste ano, segundo a organização, dependente da OCDE. O estudo revela que é esperado que a segunda metade do ano seja marcada por uma aceleração.
O documento refere ainda que a China é “a maior incerteza para as previsões de 2019”, tendo em conta a transição da política de ajudas em que o país se encontra. A mudança da política de incentivos, fez com que o ano passado ficasse marcado como o primeiro ano no qual a capacidade de produção de energias renováveis não aumentou desde 2001.
A razão pela qual a produção de energia solar se tornou tão competitiva prende-se com o facto de ter havido uma queda no preço de produção, sendo este o terceiro ano em que representa mais de metade da energia renovável produzida.
A energia eólica regista ainda uma subida de 15%, a maior registada nos últimos três anos, muito justificada pelo investimento dos Estados Unidos e da China neste tipo de energia.
O diretor executivo da organização sublinhou que este estudo prova que as políticas públicas incidem diretamente na produção das energias renováveis e do seu notório crescimento nos últimos quatro anos. “A grande diferença entre a tendência deste ano e a do ano assado demonstra a capacidade critica das políticas governamentais para mudar a trajetória em que estamos”. Para Faith Birol, o crescimento é um “sinal animador”.