A missão, que começou durante esta quarta-feira e se prolongou pela madrugada, salvou a vida a 113 pessoas. A bordo de duas embarcações da Unidade de Controlo Costeiro (UCC), a GNR conseguiu resgatar 49 crianças, 39 homens e 25 mulheres.
O primeiro resgate ocorreu perto da ilha de Samos, “a cerca de duas milhas náuticas de distãncia do porto de Pythagorio”, como se pode ler no comunicado da GNR. A embarcação com cerca de sete metros localizava-se a quase quatro quilómetros de distância da ilha e foi resgatada ainda antes de o sol nascer. A GNR acrescenta ainda que “o radar e os meios de visão noturna foram fulcrais para o sucesso da deteção da pequena embarcação que transportava os migrantes”, que no total eram 37.
No segundo resgate, que ocorreu a sul da ilha de Chios, estavam 39 migrantes. O alerta da ambarcação foi dado à GNR pelas autoridades gregas. “Devido ao facto de o número de crianças ser maior, o segundo resgate “revelou-se de enorme dificuldade”, admite a GNR.
As forças portuguesas voltaram, durante a madrugada, à ilha de Samos, onde resgataram mais 37 migrantes, que se encontravam “numa pequena embarcação de borracha, sobrelotada e à deriva”. A bordo desta embarcação encontrava-se um ferido e foram distribuídas mantas térmicas, de forma a evitar casos de hipotermia durante a viagem até ao porto de Chios, para onde os migrantes foram levados.
Só este ano a GNR já detetou 207 embarcações, tendo auxiliado 1842 migrantes.