Foi inesperado, mas aconteceu. Salvini fez implodir a coligação com o Movimento 5 Estrelas (M5E) devido à votação no Parlamento de um projeto de uma linha férrea para transporte de alta velocidade entre Turim e Lyon, mas a verdade é que as tensões eram evidentes e os dois parceiros já não conseguiam esconder divergências ideológicas e politicas fundamentais.
Salvini tem sido uma lufada de ar fresco no seio da União Europeia. Sem colocar em causa a permanência de Itália no grupo comunitário ou na moeda única – revelando logo aí uma inteligência muito superior aos britânicos –, o ministro do Interior italiano soube tomar medidas difíceis, pouco populares para o politburo de Bruxelas, mas fundamentais para a defesa do povo italiano. As sondagens de 38%, impensáveis há poucos anos atrás, evidenciam isso mesmo.
A apologia de penas criminais mais duras, o controlo da imigração ilegal e da tragédia do Mediterrâneo, o registo e controlo de todas as minorias étnicas do país, sejam elas quais forem, a promoção de uma nova política de modernização tecnológica (uma das maiores carências de Itália face aos seus concorrentes diretos) e a redução dos impostos sobre quem mais trabalha e produz riqueza fazem de Salvini um dos faróis de esperança no futuro próximo da União Europeia.
Uma política nestes termos e com este estilo, próxima das gerações mais novas e daqueles que querem verdadeiramente produzir riqueza e fazer deste continente o mais próspero e desenvolvido do mundo, é aquilo de que Portugal e toda a União Europeia precisam.
Não sei, nem ninguém sabe, qual será a decisão imediata do Presidente italiano, Sergio Mattarella, mas sendo o cenário mais provável a realização de eleições legislativas, espero que a Liga vença confortavelmente. Não apenas para continuar a colocar Itália na rota do desenvolvimento, mas sobretudo para correr com todos aqueles mariquinhas de Bruxelas que, em vez de pensarem no futuro dos europeus, parecem ter medo que o George Soros deixe de lhes pagar o salário.
Líder do Chega