Governo vai investir 45 milhões de euros na recuperação de comboios parados

Governo vai investir 45 milhões de euros na recuperação de comboios parados


O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, anunciou ainda a intenção de contratar 187 trabalhadores para a Comboios de Portugal e EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário).  


O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, anunciou esta quinta-feira um plano de investimento de 45 milhões de euros para recuperar cerca de 70 comboios que se encontram parados e ainda a intenção de contratar 187 trabalhadores para CP e EMEF.

"O transporte ferroviário, durante vários anos em Portugal, começou a achar-se que era do passado, mas é precisamente do futuro, fundamental não só para continuar o grande esforço nacional de descarbonização, mas para promover uma mobilidade mais acessível e ambientalmente sustentável" declarou, citando a agência Lusa. 

De acordo com o ministro, existem “fragilidades enormes” devido ao “material circulante muito antigo, alguma parte com cinco e seis décadas [de idade]", que "exige um esforço e regularidade de manutenção muito intensa". 

"Este plano prevê um investimento global de 45 milhões de euros, adicional àquele que já é o orçamento da EMEF, para concretizar o objetivo de recuperação do material circulante que está há vários anos encostado, e que, devidamente recuperado, pode ser injetado na rede ferroviária", explicou. 

No que toca à contratação, Pedro Nuno Santos afirma que pretende contratar 67 funcionários para a EMEF e de outros 120 trabalhadores para a CP – (40 maquinistas, 40 revisores, 20 assistentes comerciais e outros 20 com funções a definir pela administração da empresa .

O ministro informou ainda que para assegurar a “otimização dos recursos e melhor articulação" pretende "iniciar o processo de fusão" entre a empresa pública de transporte por caminhos-de-ferro (CP) e a empresa de manutenção do material circulante (EMEF)  até 31 de dezembro 

"Vamos iniciar o processo para essa fusão (CP/EMEF). A EMEF é uma empresa de manutenção que existe para servir, sobretudo, a CP. A separação entres as duas empresas cria um conjunto de problemas que queremos remover, promovendo uma melhor articulação. A EMEF estava integrada na CP, já lá vão muitos anos desde que foram separadas. Neste momento, a CP e a EMEF têm a ganhar com a reintegração", declarou o governante.