Os ataques contra as escolas no Afeganistão, entre 2017 e 2018, triplicaram, adianta um comunicado da UNICEF, divulgado esta terça-feira.
A entidade das Nações Unidas sublinha que o aumento exponencia deste tipo de ataques reduziu o número de crianças escolarizadas.
A utilização das escolas como centros de registo de eleitores para as eleições do ano passado foi um dos motivos para os ataques, como indicou o órgão das Nações Unidas.
Segundo dados da UNICEF, cerca de 3,7 milhões de crianças em idade escolar não vão à escola. Sublinhe-se que o acesso das raparigas à educação esteve proibido pelos talibãs entre 1996 e 2001, porém, desde que os mesmos foram expulsos do poder, já milhões de raparigas foram escolarizadas. Apesar disso, 60% das crianças que não vão à escola continuam a ser raparigas.
"Os ataques às escolas, assassínios, ferimentos e os sequestros de professores, destroem as esperanças e sonhos de toda uma geração de crianças", afirma a diretora-geral da UNICEF, Henrietta Fore, refletindo sobre o impacto que estes ataques podem ter na vida destas crianças.
Em 2018, houve 192 ataques cometidos em escolas, verificando-se um aumento em relação ao valor de 2017, de 68 ataques, de acordo com o comunicado divulgado hoje. A tendência era da diminuição do número de escolas atacadas, este é o primeiro aumento desde 2015.