Afinal, não é só no futebol português que as burocracias se manifestam decisivamente para o desfecho das competições. A Federação Espanhola de Futebol (RFEF) reconheceu esta quarta-feira que o Barcelona utilizou um atleta (Chumi, da equipa B) de forma irregular frente ao Levante, na primeira mão dos oitavos-de-final da Taça do Rei, mas rejeitou a hipótese de o emblema blaugrana ser punido… porque o Levante apresentou a queixa fora do prazo.
"A reivindicação do Levante deve ser negada devido à sua extemporaneidade. Em nenhum caso, portanto, se irá proceder à imposição de uma sanção que altere o resultado do jogo", pode ler-se no documento assinado pela juíza do Comité da Competição da RFEF, Carmen Pérez.
O Levante, recorde-se, apresentou queixa a 18 de janeiro, um dia depois de jogar, já sob protesto, a segunda mão dos oitavos-de-final – onde perdeu por 3-0, depois de ter ganho 2-1 na primeira mão. E tudo porque Chumi havia sido suspenso por acumulação de amarelos na equipa B no dia anterior à partida dessa primeira mão e estaria, por isso, impedido de jogar também pela formação principal.
Então, a Federação espanhola rejeitou logo de imediato o protesto, precisamente pelas mesmas razões agora anunciadas – a queixa tinha sido apresentado fora do prazo -, mas acabou por entregar o caso ao Tribunal Arbitral do Desporto espanhol, cuja decisão foi agora conhecida. O Barcelona tem, assim, garantida a presença na final da Taça, a disputar a 25 de maio frente ao Valência.