O pico do turismo já passou e em 2018 a evolução destes números deu alguns sinais de desaceleração. Um crescimento mais contido que foi também sentido nas empresas de rent-a-car.
Segundo a Associação Dos Industriais De Aluguer De Automóveis Sem Condutor (ARAC), a atividade registou um crescimento no que diz respeito ao número de contratos celebrados, o que se refletiu no aumento da faturação do setor, mas apresentou uma diminuição no que diz respeito à receita média diária por viatura. Por outro lado, a procura por tarifas inferiores aumentou.
De acordo com o Gabinete de Estudos e Estatística da ARAC, o setor prevê uma faturação de 700.000 de euros, com mais de dois milhões de contratos celebrados, 25 milhões de dias de aluguer, um investimento de 1300 milhões de euros em viaturas e com uma frota de cerca de 100.000 viaturas.
"No ano que agora finda procedeu-se à revisão da legislação que regulamenta a atividade de rent-a-car e sharing, encontrando-se agora Portugal dotado de um quadro legal dos mais avançados da Europa neste importante setor da Mobilidade", pode ler-se no comunicado enviado pela associação.
Para 2019, a ARAC não tem qualquer tipo de certeza uma vez que o impacto do Brexit na economia portuguesa não é conhecido, mais especificamente no Algarve onde o turismo britânico representa 50% da atividade das empresas de rent-a-car. No entanto, a associação afirma que este será o ano da introdução ou desenvolvimento de novos sistemas de mobilidade "nomeadamente sharing de vários veículos de mobilidade (automóveis híbridos e elétricos, scooters, bicicletas, serviços de chauffer service e o reforço do número de veículos disponíveis para aluguer adaptados à condução por pessoas com mobilidade reduzida) ".
"Sabemos que as mudanças que estamos a implementar são profundas e exigem esforço, empenho e resiliência, sendo no entanto este o caminho a percorrer para modernizar, proteger o ambiente e dar e dar um serviço de excelência aos nossos clientes", afirma a ARAC. "Ao nível do atendimento dos clientes será desenvolvido (uma vez que já se encontra implementado nalgumas empresas representadas pela ARAC) o uso de tecnologias digitais nomeadamente na celebração de contratos de aluguer e gestão operacional das empresas", desvenda.