Mais segurança e muitas alternativas para chegar à cimeira da tecnologia

Mais segurança e muitas alternativas para chegar à cimeira da tecnologia


Nesta terceira edição há mais participantes, a segurança é reforçada e não faltam alternativas para chegar ao evento que, nestes dias, transforma Lisboa na capital da tecnologia


Arranca hoje a terceira edição da Web Summit, que a organização promete ser “a maior e melhor” de sempre. Veredictos sobre a qualidade, só será possível fazer no final do evento mas, quanto à dimensão, a organização prevê a participação de mais de 70 mil pessoas – um número superior a qualquer um dos registados nas edições anteriores, que contaram, respetivamente, com 53 mil e 60 mil pessoas.

A chegada repentina de tantas pessoas à capital obriga a um reforço das medidas de segurança que, em Lisboa, será assegurado pela PSP. Ainda que não se verifique “um aumento do nível do grau de ameaça para a edição deste ano, relativamente à de 2017”, como informou aquela força de segurança em comunicado, “prevenção e proatividade” são as palavras de ordem no reforço da segurança, que passará pelo controlo dos visitantes nas entradas – através da utilização de detetores de metais e aparelhos de raio-X – e pela delimitação de perímetros. A par disso, o trânsito automóvel já começou ontem a ser cortado em algumas vias no Parque das Nações, em Lisboa.

Questionada pelo i, fonte da PSP avançou que “as medidas de segurança serão implementadas pelo Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS) e Unidade Especial de Polícia (UEP)”. Caberá ao COMETLIS apresentar especificamente as medidas de segurança preconizadas, numa conferência de imprensa que terá lugar hoje pelas 11 horas, acrescentou ainda a mesma fonte.

Fora da capital, será a GNR a assumir o comando da segurança. Ao i, o gabinete de imprensa esclareceu que os militares irão “tomar medidas de reforço de patrulhamento nos acessos à cidade de Lisboa, concretamente na A1, A2 e A5 e demais estradas nacionais, com vista a auxiliar eventuais visitantes da Web Summit”. A par disso, a responsabilidade da GNR passará por “garantir a segurança de área nos eventos relacionados com a Web Summit”, que vão decorrer em Sintra, na Costa da Caparica e na Ericeira. A GNR destaca o evento Surf Summit, que começou este sábado e termina hoje, como alvo de “medidas especiais de segurança, com o reforço do patrulhamento”, revela a mesma fonte.

 

Chegar à casa da tecnologia

Se, quanto à segurança, tudo parece estar a postos para o grande evento tecnológico, o mesmo não pode dizer-se em relação a todos os transportes disponíveis para lá chegar.

Ir de carro poderá não ser uma boa opção, uma vez que até, ao final do evento, a zona do Parque das Nações estará com o trânsito condicionado. Na Alameda dos Oceanos, a circulação vai estar interrompida junto à FIL, entre o Pavilhão de Portugal e a Rotunda dos Vice-Reis (sentido sul-norte). A Rua do Bojador estará também cortada – da Altice Arena à Feira Internacional de Lisboa – e condicionada – entre a Avenida da Boa Esperança e a Altice Arena. Na mesma Rua do Bojador haverá condicionamentos entre a Avenida da Boa Esperança e a Altice Arena, bem como na Avenida da Boa Esperança, entre a Rotunda dos Vice–Reis e o Hotel Myriad.

No caso do metropolitano de Lisboa, estão previstas algumas perturbações no serviço no segundo e no último dia do evento, uma vez que os trabalhadores vão estar a cumprir greve parcial entre as 6h e as 9h30. Em causa está a discordância dos trabalhadores relativamente à proposta de atualização salarial plurianual de 24,50 euros para os anos de 2018 e 2019. 

Paralisações à parte, os participantes na cimeira tecnológica terão a possibilidade de adquirir previamente os títulos de transporte de que vão precisar numa plataforma específica para o efeito. Além disso, o metro de Lisboa vai monitorizar a circulação na Linha Vermelha – que serve o Parque das Nações – para garantir que a procura é assegurada e promete também, em várias estações, um maior apoio ao cliente. 

Além do metro, a Carris e a CP estarão representadas nos locais de acreditação da cimeira, não só a prestar informações aos participantes como a vender títulos de transporte.

Se está a pensar em recorrer ao clássico táxi, saiba que a empresa Cooptáxis já fez saber que vai ter parte da sua frota “mobilizada e focada” na Web Summit. Já a versão mais tecnológica dos táxis, a Taxify apostou numa nova categoria de serviço, o XL, e terá ao dispor carros de seis lugares para quem os requerer.

Para combater a concorrência – a Uber, em especial -, a Carris estabeleceu uma parceria com a plataforma mytaxi que permite, entre segunda e quinta, a partilha de táxis na cidade de Lisboa, com uma valor máximo estabelecido de cinco euros por utilizador. Segundo dá conta a mytaxi, “o serviço estará disponível via plataforma mytaxi através da funcionalidade que será lançada especificamente para os dias em que decorre a Web Summit”. A campanha, que “irá permitir a partilha de viagens de táxi até dois utilizadores distintos (no máximo, quatro passageiros) que tenham como origem ou destino o Parque das Nações”, foi batizada como “mytaximatch CARRIS”.