“A situação da especialidade de anestesia” nas equipas de urgência do Amadora-Sintra “tem vindo a agravar-se progressivamente”, alerta o Sindicato dos Médicos da Zona Sul.
Em comunicado, a estrutura sindical diz que não se vislumbram "quaisquer medidas concretas da administração e em particular do seu diretor clínico para solucionar este grave problema” e lembra as recentes demissões na especialidade. "Ainda este mês, mais três médicos desta especialidade deixaram esta unidade hospitalar, tornando mais deficitários os seus efetivos. As equipas de anestesia na urgência foram reorganizadas, ficando com apenas dois especialistas", lê-se na nota.
“O regulamento de funcionamento da equipa de urgência da Anestesiologia estabelecido por esta unidade hospitalar estabelece a existência de quatro elementos no período diurno e de três no período noturno, o que desrespeita as disposições técnicas de segurança do trabalho médico recomendadas pela Ordem dos Médicos, tendo sido contestado em tempo devido pelo serviço”, alerta o sindicato, que defende que a situação vivida no Amadora-Sintra é de “extrema gravidade”, com “riscos elevados para os médicos especialistas e, sobretudo, para os doentes”.
Vários médicos anestesistas equacionam deixar o hospital, o que leva o sindicato a prometer vir a "desencadear as correspondentes medidas judiciais de responsabilização da referida administração hospitalar, ao mesmo tempo que irá exigir a intervenção do Ministério da Saúde”.
