1. Eagles – Their Greatest Hits 1971 – 1975
38 milhões
Editada a 17 de fevereiro de 1976, a coletânea reúne uma coleção de canções da primeira fase da vida dos Eagles. Abre com “Take It Easy”, passa por “Desperado” e “One Of These Nights” mas não inclui “Hotel California”. Nem poderia já que o álbum homónimo com o single-emblema dos Eagles só chegaria no final desse ano. “Their Greatest Hits 1971 – 1975) roubou o título de álbum mais vendido de sempre nos EUA a “Thriller” de Michael Jackson, graças, entre outras razões, à inclusão do streaming nas métricas de vendas.
2. Michael Jackson – Thriller
33 milhões
Clássico supremo da pop, sintetiza a era dourada de Michael Jackson pós-Jackson 5, iniciada com “Off The Wall” (1979) e rematada com “Bad” (1987). Em nove canções, sete foram single: “The Girl Is Mine”, “Billie Jean”, “Beat It”, “Wanna Be Startin’ Somethin’”, “Human Nature”, “P.Y.T. (Pretty Young Thing)” e “Thriller”. Líder durante vários anos, continua no entanto a ser o álbum mais vendido da história em todo o mundo com um número estimado entre 65 e 100 milhões de cópias, provavelmente perto da casa das centenas.
3. Eagles – Hotel California
26 milhões
Na era pré-streaming, quando não havia YouTube, Spotify, Apple Music ou Tidal para ouvir uma canção sem riscar o disco, a indústria vendeu quilos de discos e sobretudo CD para as pessoas ouvirem só uma música. “Hotel California” não é um one hit wonder porque os Eagles têm uma carreira mais extensa mas ter um álbum com o nome do single mais popular ajuda bastante. 26 milhões de pessoas que compraram “Hotel California” concordam. E ainda lhe sobra uma minoria para o defender como clássico de época.
4. Billy Joel – Greatest Hits Volume I & Volume II
23 milhões
Só na América é que Billy Joel goza de um índice tão elevado de popularidade que torne possível uma antologia estar entre os quatro álbuns mais vendidos da história com 23 milhões de discos. Faz lembrar aquelas digressões (ou residências em Las Vegas) que acabam entre as mais lucrativas do ano, apesar de nem uma viagem à Europa terem marcado. Editado em 1985 em LP, recapitula os maiores êxitos da carreira do pianista escritor de canções como “Piano Man”, “Uptown Girl” e “Just The Way You Are”.
5. Led Zeppelin – Led Zeppelin IV
23 milhões
Há sempre uma camada preconceituosa e de forte tendência europeia que defende que popularidade e credibilidade são ímpares. Álbuns como “Led Zeppelin IV” desmontam essa teoria como faca na manteiga. Aliás, qualquer um dos quatro primeiro volumes da banda é uma fonte que nunca secou e serviu de inspiração a bandas como Soundgarden, Pearl Jam e Queens of The Stone Age. Editado em 1971, é o disco de “Stairway To Heaven” mas também de “Black Dog e “Rock and Roll”.
6. Pink Floyd – The Wall
23 milhões
O álbum com mais reedições por metro quadrado simboliza a banda dos anos 70 que, juntamente com os Led Zeppelin e os Doors, mais influente foi para quem veio a seguir. No caso dos Pink Floyd, o caso mais flagrante é o dos Radiohead. E os U2 na sofisticação conceptual. Em 1979, “The Wall” já era o décimo álbum dos Pink Floyd. E a chave no trinco do rock de estádio. Uma grandiosa epopeia dominada por ““Another Brick in the Wall (Part II)” e ““Comfortably Numb” que nasceu de fricções entre David Gilmour e Roger Waters.
7. AC/DC – Back In Black
22 milhões
22 milhões de cópias certificadas na América. Pouco menos de metade dos 51 milhões estimados em todo o mundo. São os números do sucessor de um outro clássico, “Highway To Hell”. Um álbum que nasceu das cinzas do vocalista original Bon Scott, morto cinco meses antes das gravações devido a uma bebedeira. As canções foram totalmente refeitas para o agudo de Brian Johnson. “Hells Bells”, “You shook me All Night Long” e a homónima “Back in Black” ganharam vida além da morte e ascenderam à eternidade dos AC/DC.
8. Garth Brooks – Double Live
21 milhões
Só nos EUA, país onde Garth Brooks é uma estrela country, um dos géneros mais vendáveis e populares na América profunda. No resto do mundo, talvez tenham ouvido falar de um tal de Garth Brooks, mas nos EUA bateu o recorde de vendas na semana inaugural, detido por “Vs.” dos Pearl Jam, com um milhão e oitenta e cinco mil cópias de “Double Live” em novembro de 1998. O primeiro e único álbum ao vivo do escritor de canções saiu a tempo do Natal e vinte anos depois continua a ser uma bela prenda. Para oferecer, claro.
9. Hootie & The Blowfish – Cracked Rear View
21 milhões
Hootie quem? Pois. Um fenómeno do miolo dos anos 90 sucedido por uma amnésia coletiva até hoje. Muito pontualmente, os Hootie & The Blowfish são recordados no VH1 ou em retro-rádios que entretanto adiantaram os ponteiros dos anos 80 para os anos 90. mas não importa, a era das vacas gordas da indústria deu para tudo. Até para vender 21 milhões de cópias de “Cracked Rear View” graças a um tipo de rock inofensivo e adulto na América pós-Cobain. Já agora, também chegou a número um no Canadá e na Nova Zelândia onde vendeu cerca de três milhões.
10. Fleetwood Mac – Rumours
21 milhões
“Dreams”, a estrela cadente de “Rumours”, só foi o terceiro single do álbum que elevou os Fleetwood Mac a inesperadas estrelas de rock. De tal forma que quarenta anos depois continuam a fazer digressões e a gerar manchetes como “Lindsey Buckingham deixa os Fleetwood Mac devido a divergências sobre a digressão”. “Rumours” também nasceu de divórcios – no plural – entre o baixista John McVie e a teclista Christine McVie; a vocalista Stevie Nicks e Lindsey Buckingham. Fantasmas e demónios deram colo a um grupo de canções inesquecíveis.