Centro Nacional Cibersegurança alerta para perigos da webcam

Centro Nacional Cibersegurança alerta para perigos da webcam


Especialistas defendem que os utilizadores devem ser prudentes e alertam para o crescimento de situações de chantagem e extorsão


Cada vez mais se levantam questões sobre os cuidados a ter com as novas tecnologias. Entre as principais discussões sempre esteve a questão da webcam. Deve ou não ser tapada? Será uma preocupação que todos devemos ter ou não passa de paranoia de alguns? Há opiniões para todos os gostos. Mas uma coisa é certa: de acordo com o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), a resposta é sim, devemos. 

Depois de várias personalidades admitirem que usam os tradicionais post-its ou até fitas adesivas, o CNCS veio esclarecer que “cada vez mais se propaga o uso de malware para espionar as pessoas através dos computadores e, posteriormente, fazer uso das imagens de forma a lesar a pessoa em causa, muitas vezes recorrendo a práticas de chantagem e extorsão, ou simplesmente para violar a sua privacidade”. 

A entidade nacional explica ainda que “nem todos os utilizadores têm conhecimento dos perigos que esta pequena janela (a câmara) representa no que respeita à invasão de privacidade”. 

A verdade é que se somam especialistas que adotaram a técnica de tapar a câmara. Recorde-se que, em 2016, foi notícia o facto de Mark Zuckerberg pertencer a este grupo. Numa fotografia, onde celebrava o crescimento da rede social Instagram, Mark Zuckerberg deixava ver que tinha fita adesiva a tapar a câmara do computador. 

Problemas nas várias frentes Nos últimos tempos, muito se tem falado e discutido sobre a questão da privacidade. O verniz voltou a estalar quando, esta semana, se ficou a saber que a Google guarda a localização dos utilizadores mesmo quando estes não o autorizam. Até pode dizer que não quer usar os serviços de localização, mas não vai levar a melhor. Ao que tudo indica, a Google está mesmo determinada em conhecer a localização dos utilizadores, com ou sem o seu consentimento. 

A notícia foi avançada pela Associated Press que concluiu que estes dados ficam registados, mesmo que os utilizadores tenham manifestado de forma explícita a sua oposição. 

A agência noticiosa destaca ainda que, de acordo com a empresa, em teoria, qualquer utilizador pode suspender a ferramenta de localização. No entanto, a Associated Press garante que, mesmo com a Location History suspensa, algumas aplicações continuam a conseguir guardar de forma automática os dados da localização dos utilizadores. A agência destaca que acontece, por exemplo, com as aplicações de mapas, atualizações diárias da meteorologia e ainda o uso do próprio motor de busca. 

Recorde-se que as empresas ligadas à tecnologia têm estado na mira de muitas críticas, depois de se verem envolvidas em várias polémicas. Tanto a Google como o Facebook viram-se mesmo a braços com várias ações judiciais por causa de práticas que põem em causa os direitos dos utilizadores.