Washington e Pequim em negociações para um acordo comercial

Washington e Pequim em negociações para um acordo comercial


Presidente dos EUA enviou para a China uma lista de produtos aos quais deverão ser reduzidas tarifas


O secretário de Estado do Tesouro dos EUA está otimista em relação à possibilidade de se negociar um acordo comercial com a China. “Vamos avançar com as tarifas. Estamos a trabalhar nisso. Também estamos a trabalhar em restrições ao investimento, mas ao mesmo tempo estamos em negociações com os chineses para ver se conseguimos chegar a um acordo”, afirmou Steve Mnuchin em entrevista à “Fox News”.

Ontem o “Wall Street Journal (WSJ)” noticiava que o presidente norte-americano enviou para Pequim uma lista de produtos sobre os quais deveriam ser reduzidas as tarifas aduaneiras de forma a equilibrar o défice comercial entre os dois países. Cortes nas taxas sobre os automóveis norte-americanos, um pedido para que a China compre mais semicondutores produzidos nos EUA e liberalize o acesso do setor financeiro ao mercado chinês fazem parte da lista. Segundo o “Financial Times”, a China revelou disponibilidade para aumentar o volume de aquisições de semi-condutores norte-americanos, reduzindo à Coreia do Sul e a Taiwan.

Equilíbrio No final da semana passada Donald Trump anunciou a imposição de novas tarifas aduaneiras – que poderão atingir os 60 mil milhões de dólares por ano (perto de 48 mil milhões de euros) – sobre bens importados na China. A decisão foi justificada com a necessidade de maior equilíbrio na relação comercial entre os dois países. O défice comercial dos EUA em relação à China é de 357 mil milhões de dólares.

O pacote aduaneiro aplicado à China é quse o dobro das tarifas já em vigor desde sexta-feira sobre as importações de aço e alumínio, que ascende a 30 mil milhões de dólares, e do qual estão isentos, para já, o Canadá, o México e a UE.

De imediato Pequim ameaçou sinalizou a hipotese de retaliar, aumentando em três mil milhões de dólares as taxas aduaneiras sobre bens norte-americanos, entre os quais, porco, alumínio, vinho, maçãs, etanol ou tubos de aço.

Mas ao longo do fim de semana parece ter havido uma desanuviamento e segundo o WSJ Mnuchin pondera a hipótese de uma visita de Estado à China.

A perspetiva de negociações está a aliviar os receios relacionados com uma guerra comercial entre os dois países, o que levou os mercados bolsitas a negociar ontem em alta.

Pacote aduaneiro aplicado à China é quase o dobro das tarifas aplicadas ao aço e alumínio