O Canelas 2010 andou na época passada pelas bocas do mundo, e longe de ser pelos melhores motivos. A equipa que subiu ao Campeonato de Portugal com mais de metade dos jogos ganhos por falta de comparência dos adversários, acusada de ameaças e intimidação constante, estava até agora a passar incólume em questões disciplinares nesta temporada, a sua primeira no terceiro escalão do futebol português.
Tudo mudou, todavia, no último domingo. O encontro entre a equipa de Vila Nova de Gaia e o Trofense – ambos numa luta férrea pela permanência -, disputado na Trofa, acabou com um empate (1-1) e muita polémica. Ao "Record", Franco Couto, presidente do Trofense, garantiu que alguns jogadores do Canelas – com destaque para Fernando Madureira, o capitão da equipa e líder da claque Super-Dragões, afeta ao FC Porto – intimidaram e ameaçaram atletas, dirigentes e adeptos do clube da casa, bem como o árbitro da partida.
"Isto não foi um jogo de futebol, foi uma guerra. O Fernando Madureira chegou à beira do diretor delegado ao jogo e disse que o matava, o jogador que foi expulso [Vítor Borges] deu um estalo ao nosso treinador e o guarda-redes veio tentar agredir um adepto e ainda lhe deu um pontapé", acusou o dirigente trofense, garantindo que no futuro o clube da Trofa irá recusar-se a defrontar o Canelas e criticando a atitude da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que não enviou qualquer observador para o encontro: "Se estiver cá para o ano, não jogo com eles. Prefiro ficar sem os seis pontos. Isto já passa os limites. E a FPF tem culpa, sabe muito bem o que está a acontecer e não faz nada."
Entretanto, o "Maisfutebol" revelou que o Trofense vai fazer uma exposição à FPF sobre os incidentes ocorridos no encontro. Na mesma, constará este vídeo, divulgado pelo clube da Trofa nas redes sociais: