Pelo menos 50 raparigas nigerianas encontram-se ainda desaparecidas na sequência de um ataque do grupo terrorista Boko Haram contra uma escola, na segunda-feira. Centenas de jovens estudantes escaparam antes da chegada do grupo, mas esta quarta-feira ainda não se conhecia o paradeiro de cerca de meia centena, suscitando o receio de um novo rapto em massa às mãos da organização jihadista.
“Partilho da angústia de todos os pais e guardiões das raparigas que ainda estão desaparecidas”, escreveu o presidente nigeriano Muhammadu Buhari nas redes sociais. “Quero assegurar-vos de que estamos a fazer tudo o que podemos para nos assegurar do regresso a são e salvo de todas as raparigas”, prosseguiu o presidente esta quarta-feira no Twitter.
O ataque de segunda-feira contra a vila de Dapchi, no estado de Yobe, no norte da Nigéria, provocou o êxodo apressado de centenas de residentes e estudantes na escola secundária pública para os matos circundantes. Todos os dias regressam raparigas e habitantes, mas o governador de Yobe comunicou esta quarta-feira que mais de 50 das 926 raparigas ainda estão de paradeiro desconhecido.
Outros órgãos de comunicação internacionais, incluindo a BBC, que cita o Ministério do Interior da Nigéria, afirmam que o número de desaparecidas é mais elevado e ronda as cem raparigas. Há quatro anos, o grupo Boko Haram atingiu a celebridade internacional ao raptar 276 raparigas da escola secundária de Chibok, que nos meses seguintes foram casadas à força, violadas, aliciadas, enviadas em ataques suicidas e convertidas ao grupo.